Considerada uma das mais belas paisagens do mundo, o Delta do
Parnaíba é o terceiro maior delta do planeta e o único das Américas que desagua
em mar aberto. Sua porta de entrada é Parnaíba, cidade do litoral piauiense que
recebe em maio uma importante obra de patrimônio e preservação cultural da
região. O Museu do Mar já nasce com o título de maior museu do Piauí e revelará
ao público a diversidade de um dos lugares mais emblemáticos do Brasil. Grupo Equatorial Energia
Um antigo armazém portuário do século XIX dá espaço ao museu.
Durante a visita, os turistas poderão ver a ossada de um peixe-boi, o esqueleto
de uma baleia cachalote e barcos em tamanho real. Tem ainda teatro, biblioteca,
espaços para apresentações artísticas, café, além de exposições com narrativas
sobre comunitários do Delta do Parnaíba, como o pescador e o catador de
caranguejo, bem como da fauna e religiosidade presente na região. O Museu do
Mar passa a integrar o Complexo Turístico Porto das Barcas, localizado às
margens do Rio Igaraçu e que mantém viva parte da história cultural do Piauí.
A museografia do Museu do Mar foi financiada por meio da Lei
Estadual de Incentivo à Cultura. A Equatorial Piauí patrocinou o projeto com o
valor de meio milhão de reais. O recurso foi investido na aquisição de parte do
acervo, compra de mobiliário e programação visual do espaço. “O Delta do
Parnaíba é um lugar cheio de riquezas e com a chegada do museu teremos a
oportunidade de conhecer ainda mais sobre a pluralidade cultural da região. A
Equatorial tem muito orgulho de fazer parte dessa história”, declara Maurício
Velloso, presidente da Distribuidora.
Além da importância turística, o Museu do Mar chega para firmar
o Porto das Barcas como um centro cultural na região litorânea do estado. “A
obra de recuperação do complexo é a maior em execução no Nordeste. Os espaços
poderão ser utilizados para shows, apresentações e espetáculos, que serão
retomados no pós-pandemia”, afirma o secretário de estado da cultura do Piauí,
Fábio Novo.
A
revitalização do Porto das Barcas vai oferecer ao turista um passeio histórico
por ruas estreitas, becos e vielas, contemplando uma arquitetura neoclássica.
As edificações são em pedra reajuntadas com pó de ostras e óleo de baleia,
preservados há quase 300 anos. A região foi um grande centro comercial, que
viveu os ciclos do charque e da carnaúba, quando recebeu vapores e embarcações
da Europa.
|
Fotos, João Albert/SECULT |