Os professores da rede municipal de ensino de Parnaíba,
no litoral do Piauí, decidiram permanecer em greve, após o Tribunal de Justiça
do estado (TJ-PI) determinar o retorno imediato das atividades. Os
profissionais realizaram, na manhã desta segunda-feira, 28, um protesto em
frente à Secretaria de Educação do município. Informações G1 Piauí
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais de Parnaíba (Sindserm), Leandro Lopes, a categoria não foi
notificada oficialmente sobre a decisão judicial.
“Houve uma decisão judicial em relação à greve, mas sem
notificação oficial, portanto, diante do descumprimento da lei do piso
salarial, contra o desrespeito à categoria, aos pais e alunos e contra à
proliferação de notícias falsas, a categoria segue firme e forte na luta por
seus direitos”, afirmou o presidente do Sindserm.
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Professores realizaram protesto em frente à Secretaria de Educação em Parnaíba, no Piauí — Foto: Arquivo pessoal/Ítalo Alves |
Os
docentes iniciaram a greve na última terça-feira (22) e reivindicam reajuste
salarial de 33,24%. Recentemente, a Prefeitura de Parnaíba encaminhou, para a
Câmara Municipal, um projeto de lei que estabelece reajuste salarial de
aproximadamente 23%.
O protesto desta segunda, 28, iniciou por volta das 8h30.
Manifestantes seguiram em caminhada até a Praça da Graça, no Centro da cidade.
Professores da rede estadual de ensino e estudantes também participaram do ato.
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Professores da rede estadual de ensino e estudantes também participaram do ato no Piauí — Foto: Divulgação/Sinte |
Determinação de ilegalidade da greve
Na sexta-feira, 25, o desembargador Francisco Antônio
Paes Landim Filho declarou a ilegalidade da greve dos professores. Na decisão
judicial, ele determinou o retorno imediato das atividades de docência no
porcentual mínimo de 70%.
O
descumprimento da ordem judicial pode acarretar uma multa diária de até R$ 50
mil ao sindicato. O desembargador destacou que "a atividade de educação é
essencial, sendo o movimento grevista ilegal (...) colocando em risco o ano
letivo".