segunda-feira, 28 de março de 2022

Professores de Parnaíba continuam greve mesmo após decisão judicial para retorno de atividades

Os professores da rede municipal de ensino de Parnaíba, no litoral do Piauí, decidiram permanecer em greve, após o Tribunal de Justiça do estado (TJ-PI) determinar o retorno imediato das atividades. Os profissionais realizaram, na manhã desta segunda-feira, 28, um protesto em frente à Secretaria de Educação do município. Informações G1 Piauí 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Parnaíba (Sindserm), Leandro Lopes, a categoria não foi notificada oficialmente sobre a decisão judicial.

“Houve uma decisão judicial em relação à greve, mas sem notificação oficial, portanto, diante do descumprimento da lei do piso salarial, contra o desrespeito à categoria, aos pais e alunos e contra à proliferação de notícias falsas, a categoria segue firme e forte na luta por seus direitos”, afirmou o presidente do Sindserm.


Professores realizaram protesto em frente à Secretaria de Educação em Parnaíba, no Piauí — Foto: Arquivo pessoal/Ítalo Alves

Os docentes iniciaram a greve na última terça-feira (22) e reivindicam reajuste salarial de 33,24%. Recentemente, a Prefeitura de Parnaíba encaminhou, para a Câmara Municipal, um projeto de lei que estabelece reajuste salarial de aproximadamente 23%.

O protesto desta segunda, 28, iniciou por volta das 8h30. Manifestantes seguiram em caminhada até a Praça da Graça, no Centro da cidade. Professores da rede estadual de ensino e estudantes também participaram do ato.

 


Professores da rede estadual de ensino e estudantes também participaram do ato no Piauí — Foto: Divulgação/Sinte

Determinação de ilegalidade da greve

Na sexta-feira, 25, o desembargador Francisco Antônio Paes Landim Filho declarou a ilegalidade da greve dos professores. Na decisão judicial, ele determinou o retorno imediato das atividades de docência no porcentual mínimo de 70%.

O descumprimento da ordem judicial pode acarretar uma multa diária de até R$ 50 mil ao sindicato. O desembargador destacou que "a atividade de educação é essencial, sendo o movimento grevista ilegal (...) colocando em risco o ano letivo".


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