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Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba |
Uma adolescente de 17 anos morreu na manhã
desta terça-feira, 19, com sintomas de dengue hemorrágica no Hospital Estadual
Dirceu Arcoverde (HEDA), no município de Parnaíba. Se confirmada, esse será a
4ª morte por dengue registrada no Piauí no ano de 2022. A informação foi
confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Informações Cidadeverde.com
De acordo com a Sesapi, a paciente era
residente do município de Cocal e deu entrada no hospital de Parnaíba com
sangramento na gengiva.
“O óbito foi colocado clinicamente como
dengue hemorrágica, é uma complicação. Nós conversamos com Brasília e o caso,
mesmo com sinais e sintomas não vai ser encerrado por dengue hemorrágica”,
explicou a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa.
Segundo Amélia Costa, apesar dos sintomas,
o hospital de Parnaíba não apresentou a sorologia para confirmar realmente a
presença do vírus da dengue na paciente.
“Hoje nós tivemos um registro de um óbito de uma pessoa de 17 anos por
dengue hemorrágica clássica, só que o Ministério da Saúde não leva em
consideração apenas os dados clínicos para encerramento de casos. A gente fez o
monitoramento para saber da sorologia, se existia alguma sorologia para
comprovação, mas nós não tivemos esse exame”, informa Amélia.
Diante da situação, a
coordenadora de Epidemiologia reforça para que os profissionais de saúde,
diante de um caso grave de dengue, colham todo o material necessário para
confirmar a presença do vírus e o diagnóstico da doença.
“Então chamamos atenção
aos profissionais de saúde, quando chegar algum caso de dengue grave ou dengue
com complicações, por favor, colha o material, porque a gente precisa ver a
identificação realmente se o óbito foi por dengue. Então a nossa vigilância
fica muito sensível, por favor, chamando os profissionais, realmente colha o
material para identificação se é o vírus da dengue ou não”, ressalta.
Mortes por dengue no Piauí
A Fundação Municipal de
Saúde (FMS) confirmou na última quarta-feira (13) a morte de mulher de 45 anos
por dengue. Esse foi o terceiro óbito da doença no estado.
No dia 30 de março, a FMS
também relatou o óbito por dengue de uma criança de 9 anos em Teresina. Há
cerca de 20 dias antes, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) já havia
divulgado a morte de um adulto por dengue no Piauí.
Aumento de casos
De janeiro a abril deste ano,
o Piauí registrou 1780 casos de dengue. Os dados representam um crescimento de
489,3% dos casos da doença em relação ao mesmo período de 2021.
Os cinco municípios com os
maiores números de casos de dengue estão: Teresina (424), Campo Maior (227),
São Pedro do Piauí (197), Curimatá (166) e Piracuruca (107).
Sintomas
A dengue clássica tem
sintomas como febre alta já de imediato, com temperaturas acima de 38,5ºC,
dores intensas de cabeça, nos olhos e nos músculos do corpo inteiro. Em metade
dos casos, manchas avermelhadas pelo corpo surgem em torno do 4º dia da infecção.
São sintomas comuns também calafrios, náuseas e vômitos. Em caso de nova
infecção, pode desenvolver uma forma mais grave da doença, chamada dengue
hemorrágica.
Prevenção
O
Aedes aegypti se prolifera ao depositar seus ovos em locais com água parada,
como pneus, garrafas, vasos de plantas, bebedouros e caixas d'água. Diferente
do que se acredita, o Aedes não se reproduz apenas em água limpa, já que se
adaptou ao ambiente urbano, à poluição da água e a recipientes artificiais. Por
isso, o recomendado é não deixar água parada em nenhum local e contribuir com a
conscientização coletiva de inspeção de focos de proliferação em casas e
quintais, locais públicos e terrenos baldios.