O Ministério Público do Piauí tenta transferir para Teresina a
menina de 11 anos agredida no litoral do Piauí por duas adolescentes que seriam
integrantes de uma facção criminosa. Segundo o promotor de Justiça Ruszel Lima,
não há um local seguro para onde a vítima possa ir ao deixar o hospital.
"Infelizmente essa menina não vai poder voltar pra casa. O
conselho tutelar já nos procurou querendo levar a criança para um acolhimento,
mas Ilha Grande [onde a menina morava] não tem programa em funcionamento.
Estamos desde ontem em contato com a secretaria assistência social de Ilha
Grande para viabilizar o acolhimento em Teresina", relatou o promotor.
Ele destacou que 97% das cidades Piauí não possui abrigos para
crianças em situação de vulnerabilidade. Piripiri e Parnaíba possuem apenas
espaços municipais, para atender a população de suas cidades. Apenas Teresina
possui um abrigo municipal.
A vítima, de apenas 11 anos, conforme relatou o promotor, morava
com o pai em Luís Correia, mas este sofria com o abuso de álcool e por isso ela
se mudou para Ilha Grande para viver com a mãe, o padrasto e a irmã, onde foi
agredida. Ela não pode voltar para nenhuma das duas residência, sob a
possibilidade de ter novamente seus direitos violados.
A menina continua internada em estado grave no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) em Parnaíba, após ser espancada. O crime ocorreu na
noite de domingo, 6, em Ilha Grande, mas apenas na quarta-feira, 9, o MP tomou
conhecimento.
Suspeitas de agressão são adolescentes
Segundo o Conselho Tutelar, as agressoras seriam duas
adolescentes de 12 e 14 anos, integrantes de uma facção criminosa. Elas não
foram apreendidas até o momento.
"A irmã da criança, uma adolescente de 15 anos, estaria
sendo ameaçada por membros da facção, caso ela não aparecesse eles iriam se
vingar na menina e isso aconteceu", revelou a conselheira Damiana da Paz,
de Ilha Grande.
A mãe da criança registrou boletim de ocorrência
e acusou duas adolescentes pela agressão. A menina sofreu lesões na cabeça e o
seu estado é considerado grave. Informações G1 Piauí