As irmãs Ingrid da Silva Castro, 23, e
Agatha da Silva Castro, 24, tiveram a prisão em flagrante convertida em
preventiva nesta terça-feira, 30. Elas foram presas por tráfico internacional de drogas no Aeroporto de Guarulhos (SP) com cocaína dentro do corpo. Na
decisão, o juiz confirmou que as jovens eram 'mulas profissionais'.
O g1 não conseguiu contato com a defesa das
suspeitas. Elas continuam internadas no Hospital Geral de Guarulhos e sem
previsão de alta. As jovens são piauienses e moram em Teresina.
Segundo o delegado Anchieta Nery, diretor de
inteligência da Secretaria de Segurança Pública no Piauí, as irmãs foram
interceptadas pela Polícia Federal. Elas tinham como destino Paris, na França.
Na decisão, o juiz federal substituto Alexey
Süüsmann Pere, da 2ª Vara Federal de Guarulhos, destacou que a prisão se impõe
por 'conveniência da instrução criminal, para permitir, ao seu final, a
aplicação da lei penal'. O magistrado ressaltou que as jovens tinham 'contato
com grupo criminoso no exterior que poderia acolhê-las, sendo evidente o perigo
de evasão caso elas fossem colocadas em liberdade'.
"A prisão preventiva visa a garantia da
ordem pública, em razão dos indícios de envolvimento das indiciadas em
organização criminosa, entre eles as certidões de movimentos migratórios que
apontam outras viagens ao exterior, de curta duração, incompatíveis com a
situação econômica declarada por elas, a indicar sua dedicação ao crime como
mulas profissionais, sendo concreto o risco de que tornem a delinquir",
disse.
O juiz também requisitou, por meio eletrônico,
às Justiças Federal e Estadual de São Paulo e de Teresina, além da Interpol, as
informações sobre eventuais registros criminais em nome das suspeitas.
Foi intimado o delegado-chefe da Polícia Federal no Aeroporto
Internacional de Guarulhos para que providencie - adotando as medidas que se
fizerem necessárias: a imediata comunicação ao juízo da alta médica das
indiciadas e seu encaminhamento para realização de audiência de custódia;
remessa ao Juízo dos passaportes das indiciadas e os laudos periciais de
eventuais celulares apreendidos. Do G1 Piauí