Durante carreata promovida nesta
quarta-feira, 17, pela União dos Policiais do Brasil (UPB) e a Associação
Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ), policiais de mais de 20
entidades prometeram paralisar todos os serviços de segurança pública pelo
período de 10 horas, na próxima segunda-feira, 22. Informações Metrópoles
Os profissionais protestam contra
a promulgação, na segunda-feira, 15, da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 186/19, batizada de PEC Emergencial, pelo Congresso
Nacional, que congelou os salários da categoria. E demonstraram insatisfação
com os acordos que, segundo eles, foram descumpridos pelo governo do
presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A aprovação do texto da PEC Emergencial é
condição necessária para que o governo pague nova rodada do auxílio emergencial
a famílias de baixa renda.
Além da PEC promulgada na segunda-feira, 15, eles levantaram outras insatisfações como, por exemplo, a reforma da
Previdência e a futura reforma administra, além da Lei Complementar 173, que
também trouxe perdas à categoria, segundo os policiais.
“O lockdown é um segundo passo desse ato de
hoje, que foi decido por todas as forças policiais. Vai parar o sistema e a
segurança pública, todas as atividades, de 13h até 23h do dia 22 desse mês. É
mais uma resposta à aprovação de PECs Emergenciais, que vêm sendo aprovadas a
toque de caixa, se aproveitando do momento da pandemia”, disse o presidente do
Sindicato dos Policiais Penais do DF, Paulo Rogério. (foto abaixo)
Outras categorias
A paralisação, segundo eles, não inclui
policiais militares. Apenas as 20 categorias que compõem a União dos Policiais
do Brasil (UPB) e a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária
(ADPJ).
Para Jacinto Teles, presidente da
Associação dos Policiais Penais do Brasil, foi o próprio governo que impôs esse
lockdown na segurança pública, quando aprovou a PEC Emergencial, que segundo
ele, “de emergencial não tem nada”, porque “tira e arrocha os salários dos
servidores públicos”.
O presidente do Sindicato dos Servidores do
Poder Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União (Sindilegis), Alison
Souza, alertou para o caos que a paralisação pode causar: “Daqui a pouco,
servidores de outras áreas podem seguir o mesmo caminho. Imagina o caos que
isso pode gerar em setores como a segurança pública, a saúde, a educação? Este
é o pior momento para discutir uma proposta como a PEC 32 [Reforma
Administrativa], que promove o desmonte do serviço público e trata de maneira
injusta servidores essenciais para o desenvolvimento do país”.
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