com informação do G1
O goleiro Bruno Fernandes, que cumpre pena pelo assassinato
de Eliza Samudio, oficializou neste fim de semana o casamento com a dentista
Ingrid Calheiros, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De
acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a cerimônia foi
realizada neste sábado (18), na Associação de Proteção e Assistência ao
Condenado (Apac), onde o atleta está preso desde setembro do ano passado.
Bruno Fernandes foi condenado pela Justiça de Minas a 22
anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver da ex- amante,
além do sequestro do filho da jovem. Além de Bruno, outras cinco pessoas foram
condenadas pela morte de Eliza.
Segundo o advogado Lúcio Adolfo, houve tanto o casamento
civil quanto o casamento religioso. Ele contou que a cerimônia foi celebrada
por uma pastora.
De acordo com o TJMG, além de Bruno, outro preso, que na
Apac é chamado de recuperando, casou-se neste sábado. A Justiça informou que
foram convidados voluntários da associação, parentes e amigos próximos aos
noivos.
Após a cerimônia, ainda de acordo com o TJMG, foi servido um
almoço, preparado na unidade com a ajuda dos recuperandos. O casamento ainda
contou com uma banda de louvor durante a celebração.
Desde o julgamento de Bruno, ocorrido em 2013, Ingrid já se
apresentava como mulher do goleiro. Pelo menos desde 2011, quando Bruno estava
detido na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana,
os dois já cogitavam se casar na prisão.
Na época do assassinato de Eliza Samudio, em 2010, o goleiro
era casado com Dayanne Rodrigues, de quem se separou após o crime. Ela também
respondeu pela acusação de sequestro e cárcere privado do filho de Bruno com
Eliza Samudio, mas foi absolvida pela Justiça mineira.
Entenda o caso Eliza Samudio
Bruno Fernandes foi condenado pela Justiça de Minas, em
março de 2013, a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente
qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa
da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere
privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi
aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela
confissão do jogador.
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela
tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi
amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a
paternidade.