O
vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin e o governador do estado, Rafael
Fonteles, lançaram, nesta sexta-feira, 15, a pedra fundamental dos projetos de
usinas de amônia e hidrogênio em Parnaíba, no litoral do Piauí. Os dois
empreendimentos são na Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
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Vice-presidente Alckmin inaugura projeto de usinas de amônia e hidrogênio verde em Parnaíba, litoral do Piauí/Reprodução |
Com
o empreendimento, o Piauí vai se tornar a maior potência mundial na fabricação
de amônia para a produção energética com hidrogênio verde do mundo. A partir de
um aporte de investimentos de mais de R$ 200 bilhões, a proposta é que o estado
possa abastecer a União Europeia com energia limpa.
As
empresas responsáveis pelos dois empreendimentos que serão lançados, vão gerar,
juntas, 20 mil empregos na região. Além disso, serão mais de 20 GW de potência
produzidos sem a emissão significativa de gás carbônico na atmosfera. As obras
das usinas devem iniciar no fim de 2024 e a primeira etapa está prevista para
ser concluída em 2027, seguindo as etapas até 2035.
HUB
de Hidrogênio Verde da ZPE
Na
ZPE, será instalado o Hub, que é um conjunto de empresas investidoras com
interesse na pauta de hidrogênio que vão empreender esforços no sentido de
atrair investimentos, estruturas, pesquisas e trocas de tecnologia. O Hub será
sediado dentro da própria ZPE.
Além
de Rafael Fonteles, participaram do lançamento os diretores-presidentes, Victor
Hugo Almeida, da Investe Piauí, e Álvaro Nolleto, da ZPE.
O
lançamento dos empreendimentos marca o início da produção energética em escala
industrial para atender ao mercado europeu. A produtividade de energia eólica e
solar, além da abundância de recursos naturais, colocam o Piauí na liderança do
setor em escala global.
Hidrogênio
verde
O
hidrogênio é o elemento químico mais abundante do planeta e só existe em
combinação com outros, como a água, junto ao oxigênio, além de se combinar com
o carbono para formar hidrocarbonetos como gás, carvão e petróleo. Por isso,
para que possa ser usado como combustível, precisa ser separado de outras
moléculas.
O
hidrogênio verde é obtido a partir da quebra de moléculas que contenham H2 na
composição, mas difere do chamado hidrogênio cinza, já muito usado na indústria
petroquímica e na produção de fertilizantes à base de amônia, que utiliza
fontes fósseis, principalmente o gás natural.
Na modalidade sustentável, o produto tem
matérias-primas renováveis como, por exemplo, o etanol, o biogás e a vinhaça -
um dos resíduos das usinas canavieiras.