quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Policiais denunciam a justiça situação precária das delegacias no PI

Editado por ParnaibapontoCom
Uma comitiva do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (SINPOLPI) vistoriou as principais delegacias do Estado e constatou a precariedade dos prédios e das instalações, além da falta de efetivo para fazer segurança nestas cidades. O Sindicato preparou um relatório e encaminhou denúncia para o Ministério do Trabalho que resultou em ações civis públicas contra o Estado para reparar as delegacias.
Segundo o relatório, a maior parte das delegacias estão tomadas pelo mato, com infiltrações, com fossas estouradas, com pane nas instalações elétricas e hidráulicas, dentre outras irregularidades. Na última vistoria foram visitadas as cidades de Floriano, Itaueira, Canto do Buriti, São Raimundo Nonato, Bom Jesus, Corrente, Oeiras e Picos.
“Em Floriano o prédio, apesar de construído recentemente, já tem infiltrações e a parte elétrica e hidráulica estão comprometidas. Em Itaueira tinha apenas dois policiais e o prédio é de 1965, fora dos padrões. Em Canto do Buriti a delegacia é regional, mas funciona inadequadamente num anexo do quartel da PM”, relatou o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior.
Em Canto do Buriti, que é regional, o prédio é pequeno e tem pouco efetivo. Em São Raimundo Nonato, terra da vice-governadora Margarete Coelho, a delegacia funciona numa casa adaptada com as instalações elétricas e hidráulicas comprometidas. A delegacia de São Raimundo está com o prédio interditado, abandonado pelo Governo.
“Não encontramos nenhum perito. O trabalho da perícia criminal é muito incipiente, a carência é enorme, faltam profissionais e estrutura física para o trabalho pericial; há carência de pessoal na polícia técnico científica, não encontramos peritos em nenhuma das delegacias que visitamos”, comentou o sindicalista.
Em Bom Jesus, a delegacia está em situação razoável em comparação com as outras, mas tem as mesmas necessidades, falta efetivo da polícia. Em Corrente a situação é de calamidade pública, não tem nem água para os policiais beberem. Existem infiltrações e as instalações hidráulica e elétrica estão comprometidas. As fossas estão estouradas e os banheiros sem condições de uso.
Na cidade de Oeiras a delegacia tem um grande número de veículos abandonados no pátio, baixo efetivo policial. Em Picos, a delegacia funciona num prédio alugado e a Justiça obrigou  o Estado a fazer uma reforma. “Ficou decidido que o Estado tinha 60 dias para desocupar o prédio alugado e dar um destino final para os veículos que estão na condição de sucatas”, relatou o sindicalista.
“Nós não podemos perder essa guerra para a bandidagem. O Estado precisa ser mais forte e tem que mostrar que possui compromisso com a sociedade. É preciso, planejamento, organização e investimentos permanentes na segurança pública, com o objetivo de se interiorizar a polícia judiciária do nosso Estado”, finalizou Constantino Júnior. As informações são do Diário do Povo | Capital Teresina.
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Foto | Reprodução

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