Edição Teodoro Neto |
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Fabrica de cimento Nassau na cidade de Fronteiras-PI |
O governador Wellington Dias viaja, nesta terça-feira (3), a
São Paulo, para negociar a reabertura da fábrica de cimento Itapissuma,
localizada no município de Fronteiras, a 406 quilômetros da capital. A
indústria fechou em março desse ano, desempregando cerca de 500 funcionários.
Em comunicado, o Grupo João Santos, detentor da fábrica, informou que o fim das
atividades era motivado pela crise econômica instalada no país, que havia
provocado queda de 80% nas vendas.
Desde o anúncio, o Governo do Estado busca alternativas para
contornar a decisão. O fechamento da unidade localizada na Fazenda Monte Alvão,
é um golpe fortíssimo na economia de Fronteiras e de toda a microrregião, que
girava em torno da renda obtida pelos funcionários. Em audiência na sexta-feira
(29), a prefeita da cidade, Maria José Ayres de Sousa, relatou ao governador a
delicada situação atravessada pelas famílias fronteirenses desde a demissão
coletiva.
O prazo solicitado pela direção da Itapissuma para anunciar
uma decisão definitiva para o futuro da fábrica encerrou no sábado (30). Para
Dias, não é possível adiamento.
“Há uma proposta de grupos empresariais que se propõem a comprar
a empresa; grupos do Piauí, da área da construção civil, que se propõem a
arrendá-la; além de uma proposta da própria empresa de, com recursos próprios,
apresentar uma solução de retorno às atividades”, revelou o governador.
A Itapissuma, produtora do cimento Nassau, tem uma concessão
de benefícios fiscais, que está suspensa. Detém ainda o direito de exploração
de uma reserva de calcário com material suficiente para manter a fábrica em
atividade por 200 anos. O governo ressalta ainda os investimentos com dinheiro
público, combinados com a empresa, nas áreas de energia e estradas para
viabilizar as atividades da indústria e o escoamento da produção.
“Por isso tudo, o Estado tem o direito de que essa riqueza,
a reserva no subsolo, pertencente à União, entre em atividade para virar um
fator econômico como sempre marcou Fronteiras”, argumentou Dias.

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