Edição Teodoro Neto |
Apesar de ter registrado queda em 2016, o Piauí continua
sendo o maior produtor de carnaúba do país. Os dados foram revelados na
Pesquisa "Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS)",
divulgada, nessa semana, pelo IBGE.
O pó cerífero da carnaúba é o principal item da pauta do
extrativismo no Piauí. No país inteiro sua extração é concentrada em apenas
quatro estados: Piauí, Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte.
Nos últimos 10 anos (2007 a 2016), a produção total da região
Nordeste caiu 12,58%, sendo que Maranhão e Ceará mantiveram suas produções, mas
o Piauí (-25,27%) e o Rio Grande do Norte (-25,08) registraram queda.
Ainda assim, em 2016, o Piauí foi responsável por 50,85% da
produção nacional do pó cerífero da carnaúba, com 9.983 toneladas.
O problema é que o Piauí vem perdendo espaço para o Ceará,
que atualmente está em segundo lugar com 44,14%, tendo produzido 8.666
toneladas. Em 2007, o Piauí detinha 59,48% da produção, tendo produzido 13.359
toneladas, enquanto o Ceará participava apenas com 35,62%, quando produziu
8.001 toneladas.
Valorização da carnaúba
Levando em consideração a receita total obtida pela venda do
pó cerífero da carnaúba, registrou-se um aumento expressivo na receita do
Piauí, apesar da queda na produção. De 2007 a 2016, o Piauí apresentou uma
elevação da receita total da ordem de 120,55%. Segundo o IBGE, o montante
passou de R$ 46,3 milhões em 2007 para R$ 102,1 milhões em 2016.
Isso aconteceu devido à valorização do produto, cuja tonelada
passou de R$ 3,4 mil em 2007 para R$ 10,2 mil no ano passado - um incremento de
195,14%, enquanto a inflação somou 74,82% no mesmo período.
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