Preço da gasolina e do gás de cozinha sobem mais de 7% a partir de sábado, 8
A Petrobras vai reajustar o preço do gás de cozinha e da gasolina em
mais de 7% a partir deste sábado, 8. Em ambos os casos são reajustes para as
distribudoras, ou seja, o aumento do preço final para o consumidor será
diferente.
O preço médio de venda do gás
passará de R$ 3,60 para R$ 3,86 por kg, equivalente a R$ 50,15 por 13kg,
refletindo reajuste médio de R$ 26 por kg, após 95 dias com preços estáveis.
No caso da gasolina, o preço médio de venda passará de R$ 2,78 para R$
2,98 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,20 por litro. Foram 58 dias
de preços estáveis.
O anúncio do reajuste sai no mesmo dia em que foi divulgada a inflação
de setembro, medida pelo IPCA, que acelerou e subiu 1,16% em setembro, segundo
o IBGE. É a maior taxa para o mês em 27 anos, tendo sido puxada por energia
elétrica e combustíveis.
Os dados do IBGE apontam que, nos 12 meses terminados em setembro, o
preço da gasolina já aumentou 39,60% e o etanol, 64,77%.
Segundo a Petrobras, "esses ajustes são importantes para garantir
que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de
desabastecimento".
O alerta foi dado pelo presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, em
entrevista no início deste mês. O executivo, que chegou ao comando da companhia
por indicação de Bolsonaro na esteira de uma crise após reajustes, frisou
que qualquer sinal de represamento de
preços pode gerar desabastecimento de combustíveis no país.
No fim de setembro, em evento pelos mil dias de governo, Bolsonaro mudou
o tom. Reconheceu que a pressão que fez pela mudança na presidência da estatal
num esforço resultou em "dezenas de bilhões de reais" em perda de
valor da Petrobras em Bolsa. E argumentou que o problema com o aumento dos
combustíveis é global em consequência à pandemia.
No fim de setembro, a Petrobras já havia reajustado o diesel em 8,9%.
Nos três casos, o preço nas bombas depende de tributos e de ganhos das
distribuidoras.
Os aumentos ocorrem em meio à alta da
cotação internacional do petróleo, que chegou ao maior nível em três anos nesta
semana. A cotação é uma referência para todos os derivados do petróleo.
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