Por Teodoro Neto |
Um sargento da Polícia Militar aposentado e mais três
pessoas foram presas acusadas de estupro de vulnerável na cidade de Lagoinha do
Piauí, a 90 km de Teresina. Eles abusavam sexualmente de uma menor de 13 anos
de idade há pelo menos dois anos. Em um dos atos, um dos acusados chegou a dar
comida para a menina em troca do estupro, segundo a Polícia Civil.
Os presos foram alvos da ‘Operação Vulneráveis I’, da
Polícia Civil de Água Branca, cidade vizinha de Lagoinha. Da investigação, que
durou 15 dias, foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva, e um dos
envolvidos conseguiu fugir e ainda está foragido.
Foram presos o sargento aposentado da Polícia Militar do
Piauí, Silvestre Gomes da Silva, Francisco José Soares da Costa, Francinete
Silva Costa e Djalma Gonçalves da Silva. O sargento já se encontra no Presídio
Militar, em Teresina.
O delegado Thiago Damasceno, da Delegacia Regional de Água
Branca, relatou que os estupradores possuíam o mesmo modo de agir, e que sabiam
que os demais também cometiam o crime. O delegado ressaltou que não se trata de
um estupro coletivo, e que a vítima, atualmente com 13 anos, já é abusada desde
os 11.
O delegado relatou que os acusados atraiam a menor por conta
da situação vulnerável em que vítima vivia, e que ao fim do abuso sexual os
acusados davam quantias em dinheiro de R$ 2, R$ 5. Em um dos casos, um dos
estupradores já chegou a dar comida para a vítima para amenizar o crime.
Dos cinco envolvidos, quatro deles são autores diretos de
estupro de vulnerável. Também presa, Francinete é esposa de um dos envolvidos
no crime, e sabia que o marido abusava da menor. Segundo o delegado Thiago, ela
não presenciava o crime, mas era conivente e já chegou a conversar com a menor
até que o marido chegasse para cometer o crime.
“Segundo a menor, Francinete atraía ela pra lá, levava pra
casa e ficava conversando, dizendo para ela ficar no quarto. Em um desses
acontecimentos, a mulher levou ela pra casa e o marido saiu de toalha do
banheiro, deixou a toalha cair, e a mulher só saiu do quarto. Ela deixou claro
que a mulher sabia de tudo, não participava, mas sabia o que estava
acontecendo”, contou o delegado.
Todos os estupradores são maiores de 50 anos de idade e
agiam da mesma forma. A Polícia apura qual a ligação entre os envolvidos,
diante das evidências que um deles teria cometido o crime inicialmente e
informado sobre a menor para os demais.
A Polícia Civil aguarda a abertura de vagas para encaminhar
os envolvidos para um presídio. Exceto o sargento da PM, os envolvidos permanecem
na Delegacia de Água Branca. Mais pessoas podem ser presas, visto que as
investigações continuam. Todos os presos devem ser indiciados pelo crime de
estupro de vulnerável, caracterizado pelo abuso sexual de menores de 14 anos,
com ou sem consentimento.
A vítima está sob proteção do Conselho Tutelar da cidade.
Segundo o delegado Thiago Damasceno, os acusados moram próximo a residência da
vítima e que o pai dela sofre com problemas de saúde. Informações Viagora