Informações Extra Parnaíba
Edição Teodoro Neto/PpC
Em uma noite de discussões acaloradas sobre a saúde pública de Parnaíba, vereadores levantaram pontos importantes sobre a assistência prestada pelo município. O vereador Irmão Marquinhos apresentou um requerimento a respeito de uma Unidade Básica de Saúde e falou sobre a precariedade dos serviços, além da falta de material. Alguns vereadores pediram aparte para discutir a situação deplorável que se encontra a assistência básica.
Fizeram uso da palavra, os vereadores Fátima Carmino, Ricardo Veras, Ronaldo Prado, João Unimagem e Daniel Miranda. Carmino disse que a questão da saúde tem preocupado a todos. “Não tem mais desculpas, é o terceiro secretário da saúde e cada vez que muda, as coisas pioram. O problema é que estão faltando coisas simples nos postos de saúde, como luvas, esparadrapo. Não estão dando conta do trabalho. Foi prometido muita coisa em campanha, pois que façam o cumprimento delas. Se com um ano, uma gestão não consegue equilíbrio, não consegue avançar, então, a tendência é decair e não dar conta do serviço. É precisa de uma política imediata, emergente para fazer algumas mudanças”.
Fátima disse ainda que está acontecendo uma má gestão geral. “A pessoa que está gerindo a cidade, ela tem que chamar seu secretariado e orientar. Nessa gestão, os secretários não conseguem realizar o seu trabalho. Visitei uma comunidade e lá uma moradora disse que votou no Mão Santa e não na filha dele que está lá tomando de conta da Prefeitura e fazendo essas coisas todas aí. Essa é a frase que nós estamos ouvindo em várias comunidades”.
O vereador, líder da base de Mão Santa na Câmara, Carlson Pessoa, que agora defende o indefensável, em embate com o vereador Ricardo Veras disse que o HEDA é um campo de guerra. Ricardo Veras solicitou a fala e disse que não justifica erros no setor da saúde. “Eu não queria estar na sua pele. Eu tenho certeza que se vossa excelência tivesse fazendo oposição hoje, teria matérias todos os dias no blog, mas como vossa excelência está no governo, é difícil fazer".
“A saúde sempre nas minhas falas, nunca vai estar pronta, sempre estará passando por modificações, porque é feita por pessoas, por situações em que do dia para a noite mudam, é preciso ter essa consciência. O que a gente não pode é enganar as pessoas por algum tempo e nem enganar todo mundo por muito tempo. No início da gestão, vi o prefeito indo um dia para o posto do Colina do Alvorado dizendo que faria atendimentos lá, agora o posto está lá sem médicos e sem medicamentos. Não pode mais fazer política dessa forma. Eu faço as cobranças desde 2013 quando assumi o primeiro mandato, porque posso andar nas ruas e olhar no olho e no rosto das pessoas”.
O vereador Daniel Miranda ressaltou que mensalmente, o Hospital Dirceu Arcoverde tem atendido mais de 20 mil pacientes por mês. “As pessoas só recorrem ao HEDA , porque é o único hospital de porta aberta no município de Parnaíba, além de atender vários municípios da região, como também os Estados do Ceará e Maranhão. Não há como negar as deficiências que ainda existem, mas hoje, 60% dos casos atendidos naquela unidade hospitalar são de competência das Unidades Básicas de Saúde. Se nosso sistema básico de saúde funcionasse, certamente, o Hospital Dirceu Arcoverde não estaria como está”.
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Foto / Jornal da Parnaíba |