segunda-feira, 12 de março de 2018

Recém-nascido morre no HEDA e família acusa médico de negligência

Informações Portal O Dia
Edição Teodoro Neto/PpC 
Um bebê morreu no último sábado (10), após o médico plantonista do Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, litoral do Piauí, supostamente se recusar a realizar o parto cesárea. A mãe da criança, Maria Clara de Lourdes Leal, de 18 anos, estava internada desde sexta-feira (09) e não apresentava dilatação suficiente para realização de um parto normal, de acordo com as informações repassadas pela família, que decidiu processar o hospital por negligência médica.
Segundo os familiares, as 40 semanas de gestação já tinham sido completadas e os exames feitos anteriormente mostravam que a jovem não teria condições de ter um parto normal. Maria Clara estava fazendo acompanhamento com um obstetra, porém ele teve que viajar. Devido às fortes dores, a família procurou a urgência do hospital.
Segundo o marido, Jailson Carvalho, eles foram à urgência na quarta-feira (07), mas só conseguiram a internação no dia seguinte, após três tentativas. “Na primeira vez, um médico fez os exames, disse que ela não estava pronta para o parto e nos mandou ir para casa. Na quinta-feira não tinha vaga, mas o parto ficou marcada para a sexta”, conta.
Jailson fala que na troca de plantões, o parto ficou para o próximo plantonista, que era o mesmo médico que fez o primeiro atendimento na quarta-feira. “Ele se recusou a fazer a cesárea. Alegava que o plantão era dele, e ele quem mandava. Disse que só faria se fosse o parto normal, mas ela não tinha dilatação para isso”, conta.
Em 24h de plantão, segundo Jailson, o médico só visitou o leito de Maria Clara uma vez. Quem assumiu o caso foi a médica do plantão seguinte, logo nas primeiras horas da manhã de sábado (10). Ayla Beatriz, filha de Maria Clara, nasceu por volta das 11h da manhã, mas não resistiu e morreu uma hora depois.
“Se tivesse demorado alguns minutos a mais, minha mulher também teria morrido. Não vamos deixar para lá. Ele poderia ter salvado minha filha, mas escolheu deixá-la morrer. Isso é traumatizante”, disse.
Procurada, a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde informou que aguarda a direção do hospital avaliar o prontuário da paciente para emitir uma nota.


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