Os servidores públicos do Estado do Piauí podem deflagrar greve nesta quarta-feira, 11. O motivo da paralisação é a votação em pedido de urgência da PEC 03/2019 (Proposta de Emenda Constitucional) da Reforma da Previdência enviada pelo Governo Estadual à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). Eles estiveram durante toda a manhã desta terça, 10, realizando manifestação em frente a Alepi com faixas e cartazes contra a PEC.
O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado, Caetano Mello, (foto ao lado) disse em entrevista à imprensa na manhã desta terça, 10, que as categorias estavam se mobilizando para começar a greve somente na quinta, mas a manifestação deve ser antecipada por causa da não retirada do pedido de urgência da votação e da decisão de Dias Toffoli, presidente do STF, que derrubou a liminar que suspendia a tramitação da PEC.
“Nós tínhamos convocado as categorias para se caso o governo insistir em fazer o julgamento em regime de urgência, a gente deflagrar a greve geral na quinta-feira, 12. Mas diante desses fatos novos, a gente já conversou com as lideranças e o encaminhamento vai ser feito hoje para a greve começar amanhã”, relatou.
Caetano afirmou que a contribuição previdenciária vai praticamente dobrar e que isso não é algo para ser votado em regime de urgência com apenas uma audiência pública. Ele reafirmou que a reforma deve ser amplamente debatida e discutida com todas as classes envolvidas.
“O que nós estamos pedindo agora é que o governo se porte como ele alardeia a nível nacional, que é defensor do regime democrático. Essa é uma situação dessa não pode ser objeto de apenas uma audiência pública, nós precisamos trabalhar essa situação durante um tempo”, ressaltou o sindicalista.
Audiência Pública
Durante reunião na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alepi, os deputados decidiram que será realizada uma audiência pública na quarta-feira para debater a reforma e a votação já deve acontecer na quinta.
Caetano Mello criticou a reunião e foi enfático ao dizer que a audiência é uma fachada. Ele reafirmou que essa audiência restringe a presença dos servidores públicos. “É apenas para depois dizer para a sociedade que fez uma audiência pública. Não é esse o pedido do nosso movimento, queremos a retirada do pedido de urgência para que possamos fazer várias discussões, isso é complexo”, finalizou. Da Redação com informações do GP1