Wellington Douglas de Souza Sena, morto nesta segunda-feira, 24, em confronto com a polícia era investigado por participação no duplo homicídio dos primos Alan Carlos Silva Rabelo e Roniel Souza, executados em 4 de dezembro de 2023 no Rodoanel de Teresina. Havia um mandado de prisão contra ele emitido pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Ele estava em um carro na companhia de Marcos Rafael da Silva Oliveira e Samuel Ferreira Fidalgo quando foram abordados por uma equipe tática do Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI). O veículo não obedeceu a ordem de parada, iniciando uma perseguição no Planalto Uruguai, que terminou com troca de tiros no bairro Satélite.
Wellington foi atingido por tiros nas nádegas, foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Satélite.
Segundo o delegado Bruno Ursulino, que preside o inquérito sobre a morte dos primos Alan e Roniel, Wellington teve uma participação ativa tanto na captura das vítimas no bairro Dom Avelar quanto na execução delas no Rodoanel.
"Inicialmente, representamos pela prisão de cinco pessoas. Fizemos uma operação aqui no DHPP e prendemos os suspeitos. Com o avanço da investigação, Wellington foi citado. Demoramos certo tempo para representar pela prisão dele porque precisávamos reunir provas de sua atuação para apresentar ao poder judiciário. Tínhamos informações sobre sua presença na zona Leste de Teresina e na cidade de Barras", explicou o delegado.
Além de Wellington Douglas, a polícia prendeu outras cinco pessoas pelo crime: Reidiomar de Lima; Francisco das Chagas, conhecido como Barriga, apontado como mandante e um dos executores do crime; João Victor da Silva, vulgo Negreti; Jailson Ferreira da Silva; e Antônio Jesus Alves. Um homem ainda está sendo procurado.
Relembre o caso
Os primos Alan Carlos Silva Rabelo e Roniel Souza foram assassinados no Rodoanel de Teresina no dia 4 de dezembro de 2023. As vítimas foram capturadas no bairro Dom Avelar, zona Leste de Teresina, torturadas e executadas, supostamente, por membros de uma facção. Elas foram abordadas ao passar por uma rua onde estava ocorrendo uma festa, tiveram seus celulares confiscados pelos criminosos e foram levadas para um matagal para serem mortas.
Segundo a perícia, os dois foram obrigados a deitar de bruços no chão e executados com tiros nas costas e na nuca. "Um deles foi morto com dois tiros na nuca. O outro foi atingido por dois tiros nas costas, um dos quais transfixou o corpo da vítima", detalhou o delegado.
A motocicleta de Alan Carlos Silva Rabelo, usada pelas vítimas no dia do crime, foi vendida pelos executores. Após o crime, a motocicleta permaneceu sob a guarda da facção na zona Leste de Teresina e, no dia seguinte, foi levada para a zona Sul de Teresina e negociada por R$ 1.500,00. Cidadeverde.com