sábado, 30 de abril de 2016

O Piauí continua sendo o Estado mais desigual de todo o país

Em 2015, assim como em 2014, o Piauí foi o estado que registrou o maior aumento na desigualdade, com resultado maior que a média nacional. O índice de Gini piauiense passou de 0,505 no quarto trimestre de 2014 para 0,573 no quarto trimestre de 2015 - quanto mais próximo de zero, mais igualitária é a distribuição da renda. No índice de Gini brasileiro, o indicador foi de 0,498 para 0,499, no mesmo período.
O índice de Gini é uma medida do grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima). Esse índice é uma medida do grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima).
 Em 2014, mesmo com a economia estagnada, o índice Gini do Piauí deu uma reduzida, de 0,566 para 0,505, no entanto, mantendo o Estado entre os mais desiguais.
O PIB brasileiro caiu 3,8% em 2015 e tende a registrar nova forte recessão neste ano.
Por se referir à renda do trabalho, a pesquisa não inclui programas como o Bolsa Família, o que poderia minimizar a piora. Com a crise fiscal, porém, o benefício do programa não teve aumento real no ano passado.
A piora na distribuição de renda é especialmente ruim num momento de queda nos salários reais, segundo Marcelo Neri, diretor da FGV Social. Pela Pnad Contínua, a renda real (descontada a inflação) caiu 2% no fim do ano passado, para R$ 1.953.
OUTROS ESTADOS- Pelos cálculos do banco, a desigualdade cresceu em 12 das 27 unidades da Federação no quatro trimestre do ano passado ante o mesmo período do ano anterior. Apenas na região Sul do país o indicador que mede a distribuição de renda não piorou em nenhum Estado.
Pelos dados do banco, o índice de Gini aumentou em quatro dos sete Estados do Norte do Brasil, com destaque para o Amazonas (0,515) e o Acre (0,473), que tiveram piora de 4% e 3% no indicador, respectivamente.
Também houve aumento da desigualdade em cinco Estados do Nordeste, especialmente no Rio Grande do Norte (de 0,476 para 0,515) e no Maranhão (de 0,490 para 0,512 - folha de são paulo



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