quinta-feira, 11 de maio de 2017

"Infiltrados": Fraude em concursos era negociada pelo WhatsApp

Editado por ParnaíbapontoCom | 
Os gentes do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) prenderam acusados de participação e benefício em fraude em concurso público para a Polícia Civil (PC), promovido pelo Governo do Estado em operação deflagrada pelo Greco, Mensagens divulgadas pela polícia mostram suposta ligação entre agentes da polícia civil e os presos por fraude.
De acordo com o Greco, as negociações e cobranças para quem solicitava os 'serviços' da quadrilha eram feitas pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. Um dos policiais, identificado como André Luis Carvalho, passou a integrar o grupo criminoso na função de fazer cobranças dos concurseiros que contratavam a quadrilha.
As ações da “Operação Infiltrados” iniciaram ano passado após fraude no concursos do Tribunal de Justiça do Piauí e do Corpo de Bombeiros. A polícia concluiu que um grupo formado por profissionais de diversas áreas, se especializou nesse tipo de crime.
De acordo com o delegado Kleidson Ferreira, do Greco, o professor Cristian Santiago e o estudante de medicina Sávio de Castro Leite são apontados como líderes dessa quadrilha.
“No Concurso da Polícia Civil, havia um grupo liderado pelo Cristian e outro liderado pelo Sávio. Posteriormente esse grupo se uniu, passou a se tornar apenas um. Todos fizeram fraudes”, afirmou.
A polícia quebrou o sigilo telefônico dos suspeitos e assim conseguiu verificar conversas trocadas entre eles. As mensagens comprovaram negociação com candidatos de concurso público e a ligação de policiais civis com os líderes da quadrilha.
Em uma das conversas, trocada entre Sávio de Castro e o policial civil André Luis, eles falam de conversas que devem ser feitas a uma suposta aprovada em concurso público e que teria contratado a quadrilha.
Na conversa, André fala para o policial: “Vou lhe ajudar na cobrança”. E Sávio responde: “Dá pressão mesmo”. Em uma outra conversa, André diz para Sávio que fez cobrança para uma candidata e fala até em ameaça de morte: “Aquela ali paga. Eu falei té em morte, caso não saia esse dinheiro”, diz na conversa.

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