Edição Teodoro Neto |
Miguel Bezerra, advogado do Parnahyba (Foto: Wenner Tito) |
A comissão disciplinar do TJD-PI, primeira instância da
justiça desportiva do estado, julgou no início da noite desta terça-feira (17), no
auditório do tribunal, a denúncia do River-PI que acusa o Parnahyba de ter
escalado o atacante Felipe Garcês de forma irregular. Segundo o denunciante, o
jogador tem idade abaixo da mínima estipulada para a Copa Piauí. Por
unanimidade, os auditores da comissão votaram a favor da denúncia, excluindo o
Parnahyba da competição e aplicando multa de R$ 1000.
O defensor do Parnahyba, advogado Miguel Bezerra, tentou desenvolver a tese de que a
denúncia teria prescrevido sobre os três primeiros jogos em que Garcês atuou
(supostamente de forma irregular), e por tanto o caso só poderia ser julgado
levando em consideração o útlimo jogo. A preliminar foi negada pelo presidente
da Comissão Disciplinar, Marcelo Pio.
A palavra então foi dada ao advogado
do River-PI, Márcio Dinoco, para que fizesse a explanação da acusação.
Márcio Dinoco voltou a defender que o Parnahyba agiu
de forma irregular ao escalar Garcês, nascido no ano de 2000, quando o
regulamento da Copa Piauí atesta apenas a utilização de jogadores nascidos
entre 1996 e 1999.
Na vez da defesa, Miguel Bezerra alegou que o regulamento ia
contrário a determinações nacionais, que limitava o exercício profissional e
que, em caso de condenação, o tribunal estaria prejudicando a carreira de um
jogador de 17 anos.
Na votação o relator ressaltou que não estava punindo o atleta, e sim o
clube, antes de votar pela exclusão do Parnahyba da competição, acompanhada de
uma multa de R$ 1000. O voto foi acompanhado por todos os demais auditores e do
presidente da comissão, Marcelo Pio, totalizando o placar de 4 0. Pio ainda
votou por multa de apenas R$ 500, mas como os outros três votos foram por R$
1000, a condenação foi pelo valor maior.
Após o fim da sessão, que durou pouco mais de uma hora, o
presidente do Parnahyba, que esteve no local, confirmou que irá recorrer da
decisão tomada pela comissão disciplinar, levando o caso até as instâncias
superiores se for preciso. Além disso, o dirigente afirmou que nunca concordou
com o regulamento da competição.
- O Parnahyba até esperava essa decisão do tribunal aqui,
mas nós vamos recorrer até o STJD e vamos provar que o jogador pode jogar sim.
E esse regulamento não tem a assinatura do Parnahyba, eu não concordei com esse
regulamento - disse Batista Filho.
A decisão da comissão agora deverá ser publicada no site da
FFP e enviada oficialmente para as partes envolvidas, o que deve acontecer até
a próxima segunda-feira (23). Após isso, o Parnahyba tem três dias como prazo para
recorrer para a segunda instância.
- Nós vamos lavrar o acórdão até segunda-feira, por causa do
feriado, e após eles serem notificados eles podem recorrer para o pleno -
explicou o presidente da comissão disciplinar, Marcelo Pio.
Com a decisão do tribunal, aguarda-se qual será a posição da
FFP sobre a realização da final da Copa Piauí, que atualmente encontra-se
suspensa. Com a exclusão do Parnahyba, o River-PI, terceiro colocado na fase de
classificação, assume a vaga na decisão contra o 4 de Julho, mas o resultado
ainda cabe recurso. Informações GE PI
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