Edição Teodoro Neto |
O comandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos
Augusto Gomes, anunciou a suspensão da portaria que atribuia à PM as
investigações de crimes contra a vida cometidos por policiais militares.
A decisão do comandante põe fim ao embate de competência
entre a PM e a Polícia Civil, que iniciaram duas investigações paralelas
referentes ao caso Emily, a menina morta durante uma abordagem policial na zona
Leste de Teresina no dia 25 de dezembro.
A novidade foi anunciada nesta segunda-feira durante a aula
inaugural do curso de formação de soldados da PM.
O comandante esclareceu que a decisão foi tomada na
sexta-feira e que portaria ficará suspensa até uma análise da Procuradoria
Geral do Estado.
“A portaria não regula procedimento de apuração criminal,
quem regula é o código penal, a portaria dá conhecimento da lei ao público
interno, a lei foi aprovada em outubro de 2017. Mas, eu submeti a portaria à
Procuradoria Geral do Estado na quinta-feira da semana passada, que está em
recesso e sugeriu que suspendesse os efeitos até o posicionamento da PGE e assim
já fizemos na sexta-feira. Está sendo publicado hoje. Queremos fazer isso logo,
para que fique transparente para a população”.
O coronel Carlos Augusto informou ainda que os dois
inquéritos vão continuar valendo até que a Justiça decida qual será levado em
consideração durante o julgamento. Ele afirmou que o inquérito da Polícia
Militar deve ser concluído até o final da semana.
“Os inquéritos são regulados pelos códigos de processo penal
militar e civil e o importante é que vá os dois e a Justiça definirá certamente
o que vale, mas o importante é que vá os dois para que não haja dúvida de quem
é a competência. E se for de A ou de B
que não tenha prejuízo para depois não recomeçar lá na frente, depois das provas
se tornarem frias, inclusive. Todos os processos vão parar no Júri popular,
quem julga não é a polícia, quem julga é a justiça”, finalizou. Informações Cidadeverde.com
Coronel Carlos Augusto Gomes, Comandante Geral da PMPI |
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