A mulher encontrada
morta dentro de um saco plástico na última segunda-feira, 25, em Parnaíba, no
litoral do Piauí, foi identificada por familiares. Maria das Dores de Oliveira,
de 64 anos, estava desaparecida desde o dia 8 de setembro. Informações G1 Piauí
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Corpo de Maria das Dores de Oliveira, de 64 anos, foi localizado no dia 25 de outubro, em Parnaíba — Foto: Arquivo Pessoal |
Ao g1, a professora
Íris Oliveira, filha da vítima, contou que a mãe foi vista pela última vez
enquanto saía de casa, por volta das 18h, acompanhada por outra pessoa em uma
motocicleta.
“Estive na casa dela
no dia 8 de setembro até, por volta, das 12h40. À noite, ela disse que iria
visitar uma amiga que se chamava Cláudia. Nossa família nunca ouviu esse nome.
Perguntei onde essa amiga morava, ela disse que próximo à praia, em Ilha
Grande. Viram ela sair de casa em uma moto, mas ninguém sabe informar se quem
estava junto era homem ou mulher”, contou a filha.
No dia 9 de setembro,
Íris enviou mensagens para o celular da mãe. Segundo ela, as mensagens foram
visualizadas, mas não respondidas. O desaparecimento da idosa foi informado às
autoridades no dia seguinte, 10 de setembro.
O corpo da vítima foi
localizado no dia 25 de outubro, próximo à Lagoa do Portinho, zona rural de
Parnaíba, por um morador da região. O local fica a cerca de 12 km da casa de
Maria das Dores. O corpo estava dentro de um saco plástico, em avançado estado
de decomposição.
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Ossada humana é encontrada dentro de saco em Parnaíba, Litoral do Piauí — Foto: Divulgação/Polícia Militar |
Familiares de Maria
das Dores puderam realizar o reconhecimento a partir das roupas utilizadas pela
vítima, e de uma prótese dentária. Nos próximos dias, um exame de DNA será
realizado para confirmar a identidade.
"Minha mãe tinha uma
prótese dentária, feita pela minha irmã, que é dentista. Quando minha irmã viu
o corpo, ela disse ‘eu conheço essa técnica, é meu trabalho’. Além disso, ela
estava com uma blusa que ganhou de presente”, disse a filha Íris Oliveira.
“Por estar muito
danificado, faremos testes de DNA. Segundo o médico legista, embora ela
estivesse dentro do saco, ela não foi esquartejada. Tudo indica que ela morreu
por lesões na cabeça, que teriam causado um traumatismo craniano”, completou.
Maria das Dores de
Oliveira trabalhava como técnica de enfermagem e deixa cinco filhos. Para a
família, o crime é um mistério e causou muita comoção.
"Não sabemos, não
fazemos ideia do que pode ter acontecido. Minha mãe era técnica de enfermagem,
ajudava todo mundo. Estamos perplexos, apreensivos, é uma angústia muito
grande. Queremos justiça, que descubram o que houve”, desabafou.
Segundo o delegado da
Polícia Civil de Parnaíba, Eduardo Ferreira, o crime está sendo apurado e a
investigação terá avanços com a confirmação da identidade da vítima.
“A falta de identificação conclusiva da
vítima dificulta o trabalho da polícia. Com o resultado dos exames, será
possível avançar. Nenhuma hipótese foi descartada e nenhum suspeito do crime
foi identificado ainda”, informou o delegado.