O prefeito de Parnaíba, Mão Santa (DEM) e
o governador Wellington Dias (PT) fecharam uma parceria para enfrentar um
inimigo em comum: as facções criminosas. Informações Cidadeverde.com
O governador ligou,
pessoalmente, para Mão Santa e firmaram um pacto de trabalho para reduzir a
criminalidade em Parnaíba, uma das principais cidades turísticas do estado.
Mão Santa, que é ferrenho adversário do
governo, solicitou ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Força Nacional
para intervir nas ações criminosas que amedrontam a população do litoral.
Nesta terça-feira, 21, ocorreu uma reunião com a presença
da cúpula da segurança em que será criada uma força-tarefa com a presença das
Policiais Militar, Civil, Rodoviária Federal, Polícia Federal e Ministério
Público Estadual.
A ideia é montar um gabinete de gestão
para criar uma “frente contra as facções” na cidade de Parnaíba.
O secretário Municipal de Governo, Fábio
Barros, confirmou que a conversa entre Mão Santa e o governador foi bastante
proveitosa.
“Foi uma conversa boa. A prefeitura vai
fazer uma parceria com o governo do estado que prometeu enviar efetivo,
viaturas e a prefeitura dará toda estrutura necessária, inclusive cedendo um
prédio, para funcionar a força-tarefa”, disse Fábio Barros.
Sobre o pedido da Força Nacional, Mão
Santa foi informado que a solicitação foi encaminhada ao Ministério da Justiça
e a Casa Civil.
“Vamos aguardar uma resposta do governo
federal”, disse Fábio Barros.
A ação emergencial ocorreu após o
crescimento alarmante de mortes violentas na região e tem como objetivo
diminuir as estatísticas de criminalidade até o final do ano.
O secretário estadual de Segurança, Rubens
Pereira, confirmou a criação da força-tarefa e descartou a necessidade de Força
Nacional.
“Participaram da reunião os representantes
da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal e foi unanimidade entre eles
que no momento não é necessário. Vamos agir para resolver o problema com essa
força-tarefa e com o gabinete que criamos. Se até dezembro não for resolvido,
vamos ver como procedemos”, declarou.
Rubens Pereira explicou que oito viaturas
da Polícia Militar de Teresina serão deslocadas para Parnaíba até a próxima
sexta-feira (24). Em seguida, um contingente da Polícia Civil também seguirá
para o município. Eles vão trabalhar em conjunto com a PRF-PI, PF-PI e
Inteligência da Secretaria de Segurança (SSP-PI).
Segundo o secretário, os agentes vão agir
em dois eixos: ostensivo e investigativo e serão coordenados por um gabinete
gerenciado pelo comandante do 2º Batalhão da PM de Parnaíba, Antônio Pacífico,
e pelo delegado Eduardo Ferreira.
“A Polícia Civil participará com o Greco e
com a Delegacia Especializada em entorpecentes, investigando e a PM fará esse
trabalho ostensivo, com apoio das polícias federais. Todo esse trabalho vai
acontecer de forma integrada e terá um balanço a cada 15 dias”, frisou.
Rubens Pereira evitou adiantar as informações que já foram levantadas
sobre as facções, segundo ele, para não prejudicar as investigações. No
entanto, revelou que elas fazem parte de um movimento de “migração” de grupos
vindos do Sudeste, Ceará e do Maranhão.