O Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do Piauí realizou, nesta sexta-feira, 11, uma operação em postos de combustíveis para verificar se há aumento abusivo nos preços. O resultado da ação aponta que dos 40 estabelecimentos fiscalizados, 17 foram autuados. Informações Meio Norte
Arimatéia Arêa Leão, chefe de fiscalização do órgão, disse que o Procon recebeu um grande número de reclamações por aumento antecipado dos combustíveis e por recusa de abastecimento por parte dos estabelecimentos. "Foram 14 autos de infrações relacionados ao aumento antecipado do combustível e 3 autos de infrações em postos em que foram constatados que eles não forneciam o combustível ao consumidor, informando que não tinham estoque. Isso não foi comprovado através de notas fiscais e serão autuados por exercer vantagem sobre o consumidor", disse.
O Procon analisa as notas fiscais dos estabelecimentos para determinar a margem de lucro que está sendo praticada. O órgão de fiscalização ressalta que os consumidores que se depararem com aumento de preços de combustíveis nos postos podem fazer denúncia e pedir providências aos órgãos públicos. As denúncias podem ser feitas pelo site do Procon.
Em um posto de gasolina situado na zona Sul de Teresina, o litro da gasolina comum está custando R$ 7,99 e a aditivada chegou a R$ 8,29. Segundo Arimateia Arêa Leão, os estabelecimentos ainda não foram afetados pelo aumento aplicado pela Petrobras.
Posto de gasolina situado na zona Sul de Teresina (Foto: Raissa Morais)
Nos postos de gasolina de Teresina, na quinta-feira, 10, foram vistas longas filas de carros aguardando abastecimento antes do novo aumento. O jornalista Lucrécio Arrais flagrou teresinenses fazendo fila para encher o tanque do carro com gasolina a R$ 6,89 por litro. Na quinta-feira (10), os valores encontrados estavam entre R$ 6,89 a até R$ 7,30 centavos.
O reajuste de 18, 7% para a gasolina, 24,8% para diesel, anunciado pela Petrobras na quinta-feira (10), é um reflexo da guerra na Ucrânia que já chega ao bolso do consumidor brasileiro. A estatal justificou a alta com o aumento da cotação do barril de petróleo no mercado internacional provocado pelo conflito – nesta quinta, o valor do barril superou o patamar de US$ 115. No começo da semana, quase tocou os US$ 140.