A Secretaria
de Segurança Pública do Estado do Piauí, por meio da Superintendência de
Operações Integradas - SOI, e Diretorias de Inteligência da SSP-PI e PC-PI,
deflagrou a "Operação Prodígio" nas cidades de Teresina, Floriano,
Amarante e Nazaré do Piauí. A ação envolveu 25 mandados de busca e apreensão e
30 mandados de prisão temporária.
|
Reprodução |
A
investigação, que durou mais de um ano, revelou um esquema de fraude bancária
que causou prejuízo de R$ 19 milhões a uma instituição financeira, dos quais R$
6 milhões estavam relacionados a contas bancárias no Piauí. O esquema consistia
em cooptar pessoas para abrir contas bancárias com informações falsas, como
profissão e renda, para aumentar o limite de crédito. Posteriormente, a
associação criminosa simulava transações bancárias para dar aparência de
legalidade às contas.
|
Reprodução |
Para retirar o
dinheiro das contas, a associação criminosa usava empresas fantasmas e diversos
meios de pagamento, como cartões de crédito e boletos bancários, envolvendo
várias instituições financeiras para dificultar a investigação policial.
Alguns dos
suspeitos, com idades entre 19 e 21 anos, se passavam por médicos, engenheiros
e jogadores de futebol profissionais, apresentando informações falsas ao banco
para obter crédito elevado. A investigação foi iniciada após uma denúncia do
banco, que detectou as fraudes.
“O nome da
operação ‘Prodígio’ faz referência ao fato de que alguns dos investigados,
bastante jovens, com idade entre 19 e 21 anos, se apresentavam ao banco como
médicos, até mesmo já com residência médica concluída. Algo bastante
improvável. Outros apresentavam-se como engenheiros, com a mesma idade”,
informou ao Diretor de Inteligência da SSP-PI, Anchiêta Nery.
Veja quem são
os envolvidos:
A esposa de um
dos investigados, Ângela Terto, tomou a decisão de denunciar o esquema após ser
vítima de violência doméstica. O líder do grupo, Anderson Ranchel, iniciou o
golpe usando sua esposa e depois recrutou mais pessoas para participarem da
fraude. O esquema não envolveu invasões a sistemas ou acesso a bases de dados,
mas sim manipulações para enganar os algoritmos de crédito do banco. Empresas
fantasmas foram criadas para movimentar o dinheiro obtido ilegalmente.
Esta é apenas
a primeira fase da operação, que envolveu 30 réus primários. A investigação é
nacional e ocorreu em mais de 15 estados do Brasil, e a polícia do Piauí está
compartilhando provas com outras jurisdições para futuras investigações. Do 180Graus