Um levantamento da Associação Piauiense dos Municípios
(APPM) apontou que, dos 224 municípios piauienses, 115 estão no limite
prudencial de gastos com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal. Os gestores
estariam gastando mais que a lei permite na folha de pagamento dos servidores.
Na maioria dos casos, esse problema estaria relacionado ao “inchaço na folha e
pagamento” com os servidores comissionados e prestadores de serviço.
De acordo com o presidente da Associação de Municípios da
Planície Litorânea, o prefeito de Murici dos Portela Ricardo Sales, a situação
de muitos municípios se agravou porque boa parte dos repasses tanto do Governo
Federal como do Estadual vem caindo, ou seja, com a queda dos repasses o índice
de pagamento aumentou
Ricardo Sales também comentou que os 115 municípios vivem
situações particulares e precisam prestar contas no Tribunal de Contas do
Piauí. “Com relação ao meu município, eu já herdei uma folha de pagamento
inchada. Muitos servidores para pouca lotação. Os ex-prefeitos colocaram os
servidores e incharam a folha. Eu preciso justificar tudo isso no TCE”,
comentou.
O gestor relatou que precisou cortar gratificações, diárias
e o próprio salário para manter a folha de pagamento dos servidores.
“Isso também reflete nos investimentos na cidade porque é
preciso deixar de reformar uma escola para garantir a folha de pagamento em
dia, pois se você não a mantém irá refletir de forma negativa na economia da
cidade já que a maioria das cidades depende exclusivamente da Prefeitura com o
pagamento dos servidores”, disse o prefeito.
Edição: PpC
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