O coordenador geral do SAMU no Piauí, Gerardo Vasconcelos,
afirmou nesta quinta-feira (7) que os profissionais socorristas estão tendo
quem escolher quais ocorrências atender. O problema se dá sobretudo porque
quase 25% do total de ambulâncias do órgão estão paradas por conta de problemas
técnicos e pela falta de pessoal.
“Muitas vezes temos que escolher quem transportar por uma
questão de limitação de recursos e de pessoal. Essa é uma situação trágica para
um regulador. Temos enfrentado muitos problemas, uma situação similar a que
ocorre em todo o país. Temos adotado uma série de medidas para melhorar, como a
realização de eventos para a troca de experiências entre os profissionais e o
incentivo com prêmios às bases que mantêm os melhores índices do SAMU”, afirmou
Gerardo Vasconcelos.
A declaração foi dada em audiência na Comissão de Saúde da
Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) nesta quinta-feira. A reunião ocorreu
após divulgação de um relatório de denúncias por parte do Conselho Regional de
Medicina do Piauí (CRM-PI).
Atualmente, o SAMU possui 69 bases em todo o estado, 124
viaturas distribuídas entre o SAMU Estadual, a Central de Teresina e Parnaíba.
Contudo, 33 veículos estão fora de operação em virtude de problemas mecânicos,
seguros e documentação desatualizados ou mesmo sem recursos humanos. O número
equivale a 24,1% do total.
O representante do Sindicato dos Médicos na audiência,
Renato Leal, afirmou que o SAMU foi
implantado no Piauí sem a devida integração necessária entre todas as partes
que compõem o sistema de saúde, não havendo, por exemplo, treinamento para
aqueles que recebem os pacientes na entrada da urgência e emergência.
O Conselho Regional de Medicina realizou na inspeção na
Central de Regulação das Urgências de Teresina no dia 21 de março. No local,
onde funciona na sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o CRM
encontrou uma série de irregularidades e ameaçou até a interdição do local.
Durante a ação, fiscais encontraram os alojamentos dos
médicos plantonistas com vários problemas de estrutura, telefone da central
funciona sem identificador de chamada, além da redução no quadro de médicos do SAMU
Aéreo.- G1 PI
Edição: PpC
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