O PP, com a articulação do presidente nacional do partido,
senador Ciro Nogueira, tem trabalhado para ocupar cargos no governo federal. E
tem feito isso contrariando o próprio discurso oficial da cúpula do partido.
Ciro Nogueira (PI) vinha declarando que nenhum indicado do partido assumiria
pasta no governo até o julgamento do impeachment, o que foi reafirmado em nota
divulgada nessa última terça (05).
De acordo com matéria de ontem da istoeeconmia.com.br, a
presidente Dilma Rousseff já sinalizou que passará as pastas do Departamento
Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) para a sigla. Ainda de acordo com a
reportagem, o Partido Progressista espera nomeações para o segundo escalão do
governo, como para o Banco do Nordeste (BNB) e Companhia de Desenvolvimento do
Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Apesar do discurso anterior de Ciro, o site diz que “ele
está nos bastidores para passar uma mensagem ao governo de que o PP, que soma
49 deputados, vai permanecer na base. Ciente de que tem maioria governista, ele
decidiu antecipar para esta quarta-feira, 6, a votação sobre o desembarque ou
não do governo. Até então, a ideia era tomar essa decisão somente após a
votação do impeachment”.
A votação, que está marcada para às 14h de hoje, deve
acontecer em reunião das bancadas da Câmara e do Senado convocada pelo
dirigente. Só que segundo a Istoé, a votação foi contestada pela ala
pró-impeachment da sigla. Além disso, diz que o deputado Jerônimo Goergen (RS)
acusou o presidente do PP de tentar criar um "fato político" com a
reunião de hoje, para sinalizar ao governo de que a sigla permanecerá na base.
Com informações de Lyza Freitas
Edição: PpC
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