quarta-feira, 6 de abril de 2016

Jornalistas lançam manifesto em defesa da democracia na Alepi


Comunicadores piauienses – jornalistas, radialistas, publicitários, blogueiros, profissionais de relações públicas, artistas, intelectuais, professores de nível Superior, vão lançar, nesta quinta-feira (07), o Manifesto em Defesa da Democracia. O ato vai acontecer no Plenarinho da Assembleia Legislativa, a partir das 10 horas, e contará com o apoio de parlamentares como os deputados estaduais João de Deus (PT), líder do Governo na Assembleia Legislativa do Piauí e Flora Isabel (PT), lideranças comunitárias, representantes de movimentos sociais e cidadãos contrários ao impedimento do mandato da presidenta Dilma (PT).

A expectativa dos organizadores é a de que o movimento dos comunicadores piauienses receba o apoio de diversos segmentos da sociedade. A mensagem começa com a apresentação dos integrantes do movimento, que se define como grupo suprapartidário.

O Manifesto faz uma contextualização histórica do atual momento político: “não é a primeira vez, na história republicana do Brasil, que os comunicadores são obrigados a se pronunciar pela salvaguarda das conquistas sociais, das políticas públicas e das garantias democráticas”. O documento adverte também para os riscos de um retrocesso autoritário no país. “Três décadas após o fim do regime militar, nos vemos novamente sob a ameaça do autoritarismo. A cada dia, crescem os indícios de que está em curso um golpe de estado contra a presidente Dilma Rousseff, eleita de forma legítima”.

Os comunicadores, no manifesto, reforçam o apoio ao combate à corrupção, mas criticam a Lava-Jato. “Em nome do combate à corrupção, a Operação Lava-Jato atropela garantias constitucionais duramente conquistadas, como a neutralidade do Judiciário, o direito ao devido processo legal e a presunção de inocência.” E advertem quanto à incitação do ódio na sociedade. “A hostilidade crescente nas redes sociais extravasa para as ruas, e o convívio plural e civilizado no espaço público, que em tempos recentes havia avançado bastante, já se turva. Queremos romper esta teia de ódio!”
 Entre outros aspectos, o documento critica duramente a forma com que a mídia está cobrindo este momento da vida nacional. “Como comunicadores, denunciamos o papel nefasto que as grandes empresas de comunicação têm desempenhado na presente crise. Beneficiadas pela falta de regulamentação do artigo 220 da Constituição, que proíbe os monopólios no setor, utilizam sua posição no controle da mídia como ponta-de-lança na ofensiva política contra o Governo Federal, em defesa dos interesses econômicos das elites nacionais e estrangeiras e dos partidos políticos que as representam", diz o manifesto.


Fonte: Capitalteresina

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