Comunicadores piauienses – jornalistas, radialistas,
publicitários, blogueiros, profissionais de relações públicas, artistas,
intelectuais, professores de nível Superior, vão lançar, nesta quinta-feira
(07), o Manifesto em Defesa da Democracia. O ato vai acontecer no Plenarinho da
Assembleia Legislativa, a partir das 10 horas, e contará com o apoio de
parlamentares como os deputados estaduais João de Deus (PT), líder do Governo
na Assembleia Legislativa do Piauí e Flora Isabel (PT), lideranças comunitárias,
representantes de movimentos sociais e cidadãos contrários ao impedimento do
mandato da presidenta Dilma (PT).
A expectativa dos
organizadores é a de que o movimento dos comunicadores piauienses receba o
apoio de diversos segmentos da sociedade. A mensagem começa com a apresentação
dos integrantes do movimento, que se define como grupo suprapartidário.
O Manifesto faz uma contextualização histórica do atual
momento político: “não é a primeira vez, na história republicana do Brasil, que
os comunicadores são obrigados a se pronunciar pela salvaguarda das conquistas
sociais, das políticas públicas e das garantias democráticas”. O documento
adverte também para os riscos de um retrocesso autoritário no país. “Três
décadas após o fim do regime militar, nos vemos novamente sob a ameaça do
autoritarismo. A cada dia, crescem os indícios de que está em curso um golpe de
estado contra a presidente Dilma Rousseff, eleita de forma legítima”.
Os comunicadores, no
manifesto, reforçam o apoio ao combate à corrupção, mas criticam a Lava-Jato.
“Em nome do combate à corrupção, a Operação Lava-Jato atropela garantias
constitucionais duramente conquistadas, como a neutralidade do Judiciário, o
direito ao devido processo legal e a presunção de inocência.” E advertem quanto
à incitação do ódio na sociedade. “A hostilidade crescente nas redes sociais
extravasa para as ruas, e o convívio plural e civilizado no espaço público, que
em tempos recentes havia avançado bastante, já se turva. Queremos romper esta
teia de ódio!”
Entre outros
aspectos, o documento critica duramente a forma com que a mídia está cobrindo
este momento da vida nacional. “Como comunicadores, denunciamos o papel nefasto
que as grandes empresas de comunicação têm desempenhado na presente crise.
Beneficiadas pela falta de regulamentação do artigo 220 da Constituição, que
proíbe os monopólios no setor, utilizam sua posição no controle da mídia como
ponta-de-lança na ofensiva política contra o Governo Federal, em defesa dos
interesses econômicos das elites nacionais e estrangeiras e dos partidos
políticos que as representam", diz o manifesto.
Fonte: Capitalteresina
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