A divisão em cotas do patrocínio oferecido pelo Governo do
Piauí aos clubes de futebol gerou repercussão negativa no litoral. Em especial
vindas do Parnahyba, que não foi beneficiado diretamente com parte dos R$ 3
milhões anunciados na semana passada. Insatisfeito com o modo de divisão das
cotas, o presidente do Tubarão, Batista Filho, fez questão de tornar pública a
desaprovação aos valores estipulados pela Federação de Futebol do Piauí. Uma
reunião agendada para terça entre diretoria azulina e Cesarino Oliveira,
presidente da FFP, deve abrir oficialmente as discussões sobre o caso.
Batista Filho, "Divisão é injusta demais" |
- Eu marquei uma audiência com o Cesarino para esclarecer
essa situação. Ficou definido previamente que quem disputasse Série C e Série D
iria ter uma quantia maior. Mas campeonato estadual não é dividido por região.
O Governo errou e errou feio. O interior existe. Se fosse a Prefeitura de
Teresina eu não falava nada. Mas é o Governo. Governo é para todos – bravejou
aos microfones da Rádio Cidade de Parnaíba.
É injusto demais. Como é que você quer um campeonato
competitivo dando quantias diferentes para os clubes. É um absurdo essa
situação com os times do interior.
De acordo com Batista Filho, a assembleia dos clubes que
acertou a divisão do patrocínio tinha acordado que o River-PI receberia R$ 100
mil por disputar a Série C do Campeonato Brasileiro e outros R$ 50 mil ao
representante do estado na 4ª Divisão - ambos valores mensais a partir do
início dos respectivos torneios. Por outro lado, a divisão beneficiou
diretamente os clubes da capital: Galo ficou com R$ 150 mil, Flamengo-PI com R$
50 mil, Enxuga Rato com R$ 30 mil e Tiradentes-PI com R$ 20 mil.
- É injusto demais. Como é que você quer um campeonato
competitivo dando quantias diferentes para os clubes. O Parnahyba passa por
dificuldades financeiras, assim como todos os outros clubes. É um absurdo essa
situação com os times do interior. Cesarino conversou comigo. Não temos dois
campeonatos (capital e interior). Estou indo amanhã para conversar com ele.
Conversei com Vicente Sobrinho e expliquei, mas quero uma audiência com ele.
Entendi que o River-PI deve receber a maior quantia, mas não está certo o que
se fez. O acordo prévio não era esse. Nós vamos brigar por isso. E vamos chegar
até o governador se for preciso – completou o dirigente.
O presidente do Parnahyba adiantou que pretende, também,
concentrar apoio de outras agremiações para a reivindicação.
- Já conversei com Caiçara, Picos, só não Cori-Sabbá. O
Parnahyba briga por título todo ano. Não podemos ficar calados e ficar fora. Ou
melhora a redistribuição ou aumenta e cria uma cota para o interior.
O benefício financeiro de R$ 3 milhões que serão pagos pela
iniciativa pública deve ser dividido em 10 parcelas. O Enxuga Rato recebeu a
primeira delas e quitou a folha salarial de fevereiro. Em contrapartida, os
clubes beneficiados terão que manter ativas as categorias de base e estampar
marcas do governo na camisa do time e em materiais de publicidade.
A soma dos valores dá uma diferença de R$ 50 mil que deverá
bancar gastos com arbitragem e demais despesas, como defendido pela FFP.
- Os custos com arbitragem do Campeonato Piauiense no
interior e capital são arcados pela entidade. Tudo isso ficou acertado no ano
passado. Com arbitragem, a entidade pagará R$ 113 mil de despesas no Campeonato
Piauiense. Os clubes do interior não são cobrados por isso. Se todos os times
do interior trabalharem direito e se o governo achar que está tendo um retorno
nas escolinhas e na base, quem sabe possam ser contemplados no futuro -
explicou Cesarino Oliveira. - globoesporte.com/PI
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