parnaibapontocom com informações do G1 PI
Mais de 40 corpos estão acumulados nas geladeiras do
Instituto Médico legal de Teresina (IML) e terão que ser enterrados de forma
coletiva. No fim de semana, um problema em algumas das geladeiras do local fez
com os cadáveres exalassem forte odor e causassem um grande transtorno tanto
para os funcionários quanto para a vizinhança.
Imagem: Gustavo Almeida / G1 |
De acordo com a direção do IML, existem corpos que já estão
nas geladeiras há mais de um ano, quando não deveriam estar acumulados no
local. O motivo apontado pelo órgão é a falta de fornecimento de caixões para
enterrar os cadáveres. Muitos são considerados indigentes, enquanto outros até
foram identificados, mas ninguém compareceu para fazer a liberação.
"A nossa maior dificuldade são os caixões. O estado diz
que a prefeitura é quem deve fazer a entrega, enquanto a prefeitura joga para o
estado. Assumi o cargo há três meses e nunca veio um caixão para cá. Como
tivemos esse problema, o secretário de segurança me garantiu que irá adquirir
os caixões e aí deveremos fazer um enterro coletivo", falou Janiel Guedes,
coordenador estadual do IML.
Janiel disse ainda que os problemas com geladeiras são
constantes no órgão e que uma empresa de São Paulo é a responsável pela
manutenção do sistema de refrigeração. Segundo ele, alguns dos equipamentos não
refrigeram o ideal para a conservação dos corpos, o que deixa a preservação
vulnerável.
"Para congelar os corpos as geladeiras precisam estar
em temperatura abaixo de zero. Mas aí a gente tem algumas aqui que ficam acima
desse nível, o que não é o ideal. A gente até tem capacidade para essa quantidade
de corpos, só que eles não deveriam estar aqui por todo esse tempo. O ideal é
liberar no máximo em até 30 dias", completou.
O problema do fim de semana já está solucionado e o mau
cheiro foi contido.
Vizinhos reclamam
O forte mau cheiro que ocorreu da sexta-feira para o sábado
deixou a vizinhança bastante incomodada. Segundo uma funcionária de um comércio
situado em frente do local e que preferiu não ter o nome revelado, o odor
afastou até mesmo a clientela. Ela contou ainda que a direção o IML comunicou
que havia tido um problema com as geladeiras.
Imagem: Gustavo Almeida / G1 |
A assistente social e professora da rede municipal Cleonise
Mota mora na frente do instituto e diz que a situação incomoda bastante.
Segundo ela, a preocupação com a proliferação de doenças é comum entre os
moradores da área. "Cheguei a sentir o mau cheiro. A gente se depara com
essa dificuldade aqui e isso prejudica a saúde, pois fica aquela coisa com
mosca. Minha mãe é idosa e tem que passar por esse constrangimento. Além disso,
nos preocupamos com o lixo que eles jogam aqui na frente em sacos
plástico", falou
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