Editado por ParnaibapontoCom |
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) deflagrou nesta manhã (07) a operação Escamoteamento, que visa
desbaratar uma organização formada por empresas que prestam serviços em três
cidades do norte do Piauí – Cocal, Buriti do Lopes e Bom Princípio-, cometendo
crimes como lavagem de dinheiro, fraude em licitação, corrupção ativa e
passiva. Dos 94 mandados, 13 são de prisões que estão sendo cumpridos em Tianguá-CE.
De acordo com o coordenador do Gaeco, promotor Rômulo
Cordão, as empresas do Ceará participavam de licitações em diversos municípios
sem ter a capacidade operacional para realizar os serviços. Estima-se que os
donos das empresas vencedoras de licitações tenham faturado cerca R$ 19 milhões
nos três municípios.
“Algumas empresas sequer tinham sede e, quando tinham eram
casebres, e venciam licitações milionárias de obras públicas, locação de
veículos e mão de obra. Elas atuavam de forma combinada com as outras empresas,
que em tese, eram suas concorrentes”, explica o promotor.
As investigações iniciaram a cerca de um ano e quatro meses
e estão sendo cumpridos 94 mandados ao todo, sendo 46 de busca e apreensão, 36
de condução coercitiva, 13 de prisão preventiva e cinco de sequestros de bens.
A maior parte em cidades do Ceará, os presos são principalmente de Tianguá.
“O que mais chamou atenção era que os vencedores sacavam R$
500 mil, R$ 300 mil em espécie, uma prática que hoje não se faz mais por conta
da segurança, mas continuavam fazendo para facilitar na hora de ratear. Isso é
mais uma prova de que as empresas são de fachada”, detalhou o Cordão.
Os crimes ocorriam supostamente nas três cidades piauienses
e em mais no Ceará, entre elas: Ubajara, Tianguá, Viçosa.
Estão envolvidos na operação 219 profissionais entre eles 23
promotores de justiça do Piauí e Ceará, policiais rodoviários federais, além de
técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal de Contas do Estado
(TCE), Controladoria Geral da União (CGU).
Os presos e conduzidos coercitivamente estão sendo levados
para a sede do Ministério Público em Piripiri-PI e depois devem ser trazidos
para a sede do Gaeco em Teresina. Uma coletiva será realizada em Teresina às 9
horas. Nucom PRF | Cidade Verde
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