No dia que o Brasil registrou 435 novas mortes e 7.218 novos casos do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira, 30, que “todo o empenho” para achatar a curva de infectados por vírus “foi inútil”.
Segundo o Ministério da Saúde, o país tem 5.901 óbitos por coronavírus, além de 85.380 casos confirmados.
Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro voltou a falar que 70% da população será infectada pelo vírus. “E pelo que parece, pelo que estamos vendo agora, todo o empenho pra achatar a curva, praticamente, foi inútil”, disse o presidente.
Bolsonaro sustentou ainda que o desemprego é um “efeito colateral” de todo esse “empenho inútil”. “Agora, qual a consequência disso, o efeito colateral disso? Desemprego. O povo quer trabalhar. Todo mundo sabe que quanto mais jovem, menos problema tem de ter uma consequência danosa em sendo infectado pelo vírus. Pessoa abaixo de 40 anos, com alguma outra comorbidade, em torno de 0,2% apenas que o fim é trágico”, acrescentou.
Curva em “franca ascendência”
Também nesta quarta, durante coletiva no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que a curva do vírus no Brasil está em “franca ascendência” e que, por este motivo, não é possível iniciar a liberação do isolamento social.
Segundo Teich, a pasta vem desenhando diretrizes para orientar gestores estaduais e municipais acerca da manutenção do distanciamento social.
“A gente tem uma diretriz, a gente tem um ponto de partida. Mas algumas coisas são básicas, não dá para você começar uma liberação quando você tem uma curva em franca ascendência. […] Tem cidades que nem estão com a curva caindo e já tem flexibilização”, declarou o ministro.
“Não é porque teve alteração no número de mortes que a política vai mudar. Neste momento, o distanciamento permanece como orientação. E vamos avaliar cada lugar, cada região, quanto de recurso para atender pessoas”, disse Teich.
Na coletiva, o ministro ainda admitiu que o número de mortes no Brasil pode chegar ao patamar de mil por dia.
“Em relação a um possível número de mortes, hoje a gente está perto de 500 mortes, 400. O número de 1.000, se estivermos num movimento, num crescimento significativo da pandemia, é um número que é possível acontecer. Não quer dizer que vai acontecer. A gente tem que acompanhar a cada dia para ver o que está acontecendo para tomar as decisões”, disse. Da Redação com informações do Metrópoles
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