Vinte trabalhadores mantidos em situação semelhante à de escravos, entre eles um adolescente de 17 anos, foram resgatados por um grupo de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT). Eles usavam explosivos em pedreiras sem a devida capacitação para o trabalho, o que gerava risco de morte a eles.
Os trabalhadores estavam em pedreiras localizadas na zona rural das cidades de Altos, Piracuruca, Monsenhor Gil e Isaías Coelho, no Piauí. Eles foram resgatados na última semana, e nesta terça-feira (8) receberam o pagamento de seus direitos trabalhistas.
Os trabalhadores estavam sendo mantidos em condições degradantes, vivendo em cabanas construídas na mata sem banheiros, refeitório, água potável ou local adequado para dormir. Além disso, os trabalhadores tinham que usar pólvora para detonar as pedreiras, mas nenhum deles era capacitado para usar explosivos.
“Não eram fornecidos os equipamentos de proteção individual aos trabalhadores e a eles cabia também a função de manusear as pólvoras, oferecendo um grande risco de acidentes e até mortes desses trabalhadores. As condições encontradas foram totalmente degradantes”, disse a Procuradora do Trabalho Natália Azevedo, que acompanhou as fiscalizações.
Os resgates aconteceram em duas operações:
A primeira, em Altos, Piracuruca e Monsenhor Gil, foi realizada pelo Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo, que reúne o Ministério Público do Trabalho, auditores fiscais do Ministério do Trabalho, Defensoria Pública da União, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Ministério Público Federal.
A segunda, em Isaías Coelho, foi feita pelos auditores fiscais do MTE e pelo MPT após receberem denúncias, que podem ser feitas pelo site do MPT-PI, através do e-mail: prt22.dapi@mpt.mp.br ou por meio do WhatsApp (86) 99544 7488. As denúncias são anônimas. Informações G1 Piauí
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