sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Professor da rede pública estadual do Piauí é demitido por assediar alunas

Um professor que atuava em duas escolas da rede pública estadual em Teresina foi demitido após processo administrativo disciplinar comprovar a prática de assédio contra suas próprias alunas. Ele foi denunciado por familiares e alunos da Unidade Escolar Auristela Soares Lima e do Centro Estadual de Tempo Integral Solange Viana, que ficam sediados nos bairros Esplanada e Promorar, ambos na zona Sul de Teresina. A demissão dele foi publicada na edição de hoje (4) do Diário Oficial do Estado. Os casos de assédio teriam ocorrido em 2020.

Reprodução/Renato Andrade

As denúncias chegaram ao conhecimento da Controladoria Geral do Estado em outubro de 2020, quando o órgão instaurou Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o professor Glaydson Souza Freire. Ele alegou inocência durante o PAD.

"O indiciado foi devidamente citado e apresentou defesa alegando, em síntese, ausência de provas. Requereu a improcedência do indiciamento, por não restar comprovada sua responsabilidade, bem como sua absolvição em virtude da presunção de inocência."

Segundo o relatório de ocorrência, os pais de uma aluna procuraram a direção da Unidade Escolar Auristela Soares Lima para denunciar que o professor ofereceu dinheiro para a aluna para "saírem juntos". O relatório diz, ainda, que o servidor teria tentado tocar, indevidamente, a adolescente. A mãe de outra vítima afirmou em depoimento ter encontrado mensagens no celular da filha, onde o professor a chamada para "dar uma volta", fora do horário escolar.

Alunas do 6º ano da escola foram ouvidas por meio de escuta especializada e declararam que o professor havia tentado beijar estudantes e abordado uma delas fora do ambiente escolar.

Outras alunas, também ouvidas por meio de escuta especializada, informaram que o professor as constrangia com palavras indecorosas e com conotação sexual.

A conclusão do processo diz que "as provas testemunhais colhidas, as escutas especializadas e o Relatório da Comissão demonstram que o processado não regulou sua conduta pelos preceitos da decência, do zelo pelo bom nome da escola, do respeito à comunidade escolar e da legalidade."

O relatório de conclusão do PAD também foi encaminhado à Secretaria de Segurança Pública para que se investigue eventual prática de crime por meio de inquérito policial. 

Diário Oficial que exonerou o servidor/Reprodução 

Informações Cidadeverde.com

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