quinta-feira, 24 de julho de 2025

Ministério Público denuncia quatro pessoas por atuarem na expansão do PCC no Litoral do Piauí

O Ministério Público do Estado do Piauí denunciou quatro homens identificados como Francisco Adriel Pinto Abreu, Paulo Matheus Veloso da Silva, Francisco Aderlan Pinto Abreu e João Denilson dos Santos Abreu por integrarem e atuarem na expansão da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Litoral piauiense, mais especificamente em Parnaíba. Os acusados, alvos da Operação Arcano, deflagrada em abril deste ano, são apontados como membros ativos da facção, com participação direta no aliciamento de novos integrantes, organização de atividades ilícitas e manutenção do grupo na região.

A denúncia foi apresentada à Vara Única da Comarca de Ilha Grande no último dia 7 de julho. A investigação teve início a partir da extração de dados de celulares apreendidos, principalmente o de João Batista Albino Filho, também vinculado ao PCC. O conteúdo revelou a existência de uma estrutura organizada, com divisão de funções entre os membros, registro de datas de “batismo”, envio de fichas cadastrais e troca de informações sobre ações da facção.

Pichação do PCC/Reprodução GP1

Os arquivos revelam ainda fotos e vídeos de armas de fogo, drogas e práticas violentas, além de conversas que evidenciam o planejamento de crimes, como tráfico e homicídios. Segundo o Ministério Público, os denunciados mantinham contato com lideranças da facção em outros estados e atuavam na difusão da ideologia criminosa do PCC.

O órgão ministerial destacou que o grupo seguia um modelo hierárquico rígido e demonstrava coesão em suas ações, adotando estratégias para ampliar a influência do grupo na região. Parte dos investigados justificou a adesão à facção como forma de proteção diante de ameaças do Comando Vermelho, o que, segundo a acusação, não reduz a gravidade dos atos praticados.

Os quatro foram denunciados com base no artigo 2º da Lei nº 12.850/2013, que trata da participação em organização criminosa, e no artigo 1º da Lei nº 9.613/1998, referente à lavagem de dinheiro. O MP pediu o recebimento da denúncia, a citação dos réus para apresentação de defesa e a designação de audiência para coleta de provas.

Operação Arcano

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Piauí (FICCO/PI) deflagrou no dia 29 de abril a Operação Arcano, com o objetivo de desarticular uma facção criminosa envolvida com o tráfico de drogas em diversos estados do país. O foco das diligências foi cumprir 24 mandados judiciais, sendo 16 de prisão temporária e 8 de busca e apreensão.

As ações ocorreram nas cidades de Teresina, Parnaíba, Picos, São João do Piauí e Ipiranga. Todas as ordens judiciais foram expedidas pela Central de Inquéritos de Parnaíba. A investigação que culminou na nova operação teve como base a análise de materiais apreendidos durante a Operação Nota Final, realizada em novembro de 2024 pela própria FICCO/PI.

Os documentos e aparelhos apreendidos revelaram informações estratégicas e detalhadas sobre a atuação da facção, incluindo a existência de núcleos internos organizados e a participação de novos integrantes no esquema criminoso. Com base nessas descobertas, os investigadores conseguiram aprofundar o mapeamento da estrutura da organização, que possui forte atuação no tráfico interestadual de entorpecentes. Com informações do Portal GP1

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