O Piauí registrou 96 casos de câncer colorretal, até 15 de julho deste ano, segundo o Painel Oncologia do DataSUS. No domingo, 20, a cantora e apresentadora Preta Gil morreu aos 50 anos após complicações da doença.
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Preta Gil, filha de Gilberto Gil, afilhada de Gal, cantora e empresária/Reprodução |
Um relatório da Sociedade Americana de Câncer calcula que estão crescendo os casos de câncer colorretal na população mais jovem, com menos de 50 anos. No Piauí, dos 96 diagnósticos emitidos este ano, 19 são de pessoas com idade entre 20 e 49 anos.
Em 2024, segundo o DataSUS, 44 dos 399 pacientes receberam o diagnóstico antes dos 50 anos e mais.
O tumor é o segundo mais frequente no aparelho digestivo e o terceiro que mais mata no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Esse tipo de câncer, que afeta o intestino grosso — o cólon — e o reto, está entre os mais impactantes na saúde e na qualidade de vida.
Fatores e sintomas
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Câncer colorretal pode ser diagnosticado a partir do exame de colonoscopia/Reprodução Ludmila Dias/FCecon |
Ainda que a doença seja mais comum em pessoas mais velhas, entre 60 e 70 anos, cada vez mais jovens estão recebendo o diagnóstico dela, destaca o médico oncologista Sabas Carlos Vieira.
“É a geração do fast food, que se alimenta de ultraprocessados há pelo menos 30 anos. São três principais fatores: má alimentação, obesidade e sedentarismo”, elenca o médico ao g1.
Há também o fator hereditário: quem tem histórico familiar de câncer colorretal, de ovário, útero e/ou de mama corre um risco maior.
O oncologista observa que, na fase inicial, o tumor é totalmente assintomático. Esses começam a aparecer à medida que a doença avança no organismo do paciente.
“Os sintomas incluem constipação, dor abdominal, diarreia inexplicada, perda peso, anemia, urgência retal (vontade de ir ao banheiro e não conseguir evacuar) e sangramento retal”, cita Sabas.
Diagnóstico e tratamento
Quando não há sintomas, o recomendado é que a colonoscopia seja feita a partir dos 45 anos. O exame permite visualizar o interior do cólon e do reto usando um tubo flexível com uma câmera na ponta.
Outra opção, mais simples, barata e de frequência anual é o exame que detecta sangue nas fezes. Caso ele dê positivo, os médicos encaminham os pacientes para a colonoscopia.
O primeiro passo para o tratamento do câncer colorretal é, em geral, a cirurgia oncológica. Em alguns casos, a cirurgia pode ser seguida pela radioterapia e a quimioterapia. Com informações do Portal G1 Piauí
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