Recolhida ao Palácio da Alvorada, a presidente assistiu,
pela televisão, à sessão extraordinária em que o STF sepultou as ações do
governo contra a votação do impeachment. “Se houver falta de votos, não há
intervenção judicial que salve”, ironizou o ministro Gilmar Mendes a certa
altura.
O STF indeferiu um par de pedidos de liminares contra a
ordem escolhida por Eduardo Cunha para que os deputados pronunciem seus votos
no microfone.
Dilma recolhida no Alvorada |
No principal julgamento da noite, os ministros da Suprema
Corte rejeitaram por 8 votos a 2 duas teses esgrimidas pelo advogado-geral da
União, José Eduardo Cardozo. Numa, ele alegava que a comissão do impeachment
cerceou o direito de defesa de Dilma. Noutra, reclamava que o relator Jovair
Arantes (PTB-GO) incluiu no seu relatório temas estranhos à denúncia original
—Lava Jato e pedaladas praticadas antes do atual mandato presidencial, por
exemplo.
Com esses dois argumentos, Cardozo pretendia anular a sessão
que o presidente da Câmara marcou para domingo. Pedia que o STF determinasse o
reinício do processo. Algo que daria tempo ao governo para tentar cooptar
aliados que lhe permitam atingir a marca de 172 votos, mínimo necessário para
brecar o impedimento da presidente.
O STF decidiu que, na hora de votar, os deputados terão de
levar em conta apenas as duas acusações relacionadas ao atual mandato de Dilma:
1) a edição de decretos que autorizaram gastos sem a anuência do Legisaltivo.
2) empréstimos contraídos pelo governo em bancos oficiais as chamadas pedaladas
fiscais. uol
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