quinta-feira, 14 de abril de 2016

Mais 2 partidos debandam para o impeachment

Cinco dos dez deputados federais do Piauí vão votar o favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a partir de amanhã, no plenário da Câmara Federal. Os deputados Heráclito Fortes, Rodrigo Martins e Átila Lira, do PSB, são votos definidos há muito tempo pelo afastamento da presidente. Depois do rompimento do PP com o Governo, a deputada Iracema Portella (PP) confirmou ontem que votará pelo impeachment, embora a contragosto.
O deputado Júlio César, que continua se dizendo indeciso, também deve votar pelo afastamento - no final da tarde de ontem a bancada do PSD na Câmara Federal decidiu votar pelo impeachment, como já haviam anunciado anteontem as bancadas do PP e do PRB. O número de parlamentares a favor do afastamento da presidente pode aumentar se os dois deputados do PTB no Piauí, Paes Landim e Fábio Abreu, decidirem seguir a decisão do partido na Câmara, anunciada ontem à tarde, de votar pelo impeachment.
Fábio Abreu, porém, se afastou da Secretaria de Segurança para votar com o governo. Paes Landim já havia declarado voto contra o impeachment. Os deputados Assis Carvalho e Rejane Dias, do PT; e Flávio Nogueira (PDT) são votos garantidos para o governo. Rejane Dias também deixou a secretarias de Educação para reforçar o grupo contra o impeachment na Câmara Federal. O Governo Federal ainda cogitava retirar o ministro da Saúde, Marcelo Castro, do cargo para voltar à Câmara e votar com a presidente.
A iniciativa não modifica o quadro - o suplente que assumiu com a ida de Marcelo para a Saúde, Flávio Nogueira, já se declarou abertamente contra o impeachment da presidente. Ontem, o presidente do PP no Piauí, deputado Júlio Arcoverde, afirmou na Assembleia Legislativa que o senador Ciro Nogueira, presidente nacional da sigla, não teme o isolamento no partido por ir contra a vontade da maioria e manter o apoio a Dilma.
Ciro afirmou que não concorda com a decisão, mas respeita a maioria. "Restou à direção nacional acatar a decisão da maioria", diz a nota. Ciro é contrário ao rompimento e favorável à permanência da Presidente. Dentre os cargos mais relevantes do PP estão o ministério da Integração Nacional, Gilberto Occhi, a presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que tem o piauiense Felipe Mendes à frente; e o recém adquirido posto da direção do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contas as Secas). - Diário do Povo

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