O Piauí tem o pior índice de transparência do Brasil quando
se trata das administrações municipais. Em um escala em que a nota máxima é 10,
o estado figura com a nota 0,85, segundo ranking do Ministério Público Federal
(MPF), feito no passado. Para mudar essa realidade, as prefeituras piauienses
têm até esta segunda-feira (11) para criar seus sites institucionais e da
transparência.
De 11 de abril a 9 de maio o MPF fará um novo diagnóstico
dos municípios e só então iniciará a fase punitiva, com ações públicas,
reprovação de contas, inelegibilidade, suspensão de repasses e improbidade
administrativa.
Com o péssimo resultado das administrações municipais do
Piauí (67% delas tiraram nota '0') averiguado no último ranking, o MPF expediu
recomendações àqueles entes federados que não estão cumprindo suas obrigações
legais, dando um prazo de 120 dias para sua adequação às Leis de Transparência.
Mas a partir desta segunda-feira, caso as irregularidades persistam, ações
civis públicas serão ajuizadas conjuntamente de forma coordenada em todo o
Brasil.
A Associação Piauiense de Municípios (APPM) oferece para os
prefeitos o apoio técnico para o cumprimento integral da Lei de Acesso à
Informação. Arinaldo Leal, presidente da APPM, que 125 municípios aderiram à
iniciativa da APPM que busca adequar-se à Lei.
“Primeiro criamos uma plataforma para que os municípios
pudessem publicizar seus atos administrativos como manda a Lei. Agora estamos
dando subsídios para que cada município tenha seu site institucional de maneira
independente, com o acesso mais fácil ao cidadão”, revela Arinaldo Leal.
O procurador federal Carlos Wagner afirmou que é possível os
municípios e estados fazerem bem mais no quesito transparência. “É importante
que o município disponibilize seu site próprio onde o cidadão tenha acesso as
informações que necessite. Precisamos avançar mais para evitar punições e esse
trabalho preventivo da APPM é fundamental, para que o gestor não tenha maiores
problemas principalmente após encerrar seu mandato”, explica o promotor.
O prefeito flagrado nessa irregularidade pode sofrer ação de
improbidade administrativa, o MPF pode recomendar que a União suspenda os
repasses de transferências voluntárias. Além disso, pode haver representações
contra os prefeitos pelo crime de responsabilidade pelo não cumprimento de lei
federal.
Edição: PpC
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