Manifestação de funcionários da Antares |
O Dia do Jornalista, comemorado nesta quinta-feira (07), está
sendo marcado por mobilização em frente à TV Antares. A categoria protesta
contra a possibilidade de demissão em massa da emissora pública. Os
profissionais que correm o risco de serem demitidos vêm sendo recontratados há
alguns anos e a solução para o problema seria a realização de um concurso
público. Entretanto, em entrevista ao Notícia da Manhã, Humberto Coelho, o
presidente da Fundação Antares, foi categórico ao afirmar que o Estado não tem
condições de realizar o certame.
Segundo ele, a saída dos profissionais não se caracteriza
como demissão, mas vencimento de contrato. "Não é demissão. O contrato com o Estado venceu. Não é
que alguém estava empregado e vai ser demitido. O Estado contratou por um tempo
determinado. Estamos tentando salvar a saída dessas pessoas.
Todo esforço está
sendo empregado para que as pessoas não saiam, pois são mão de obra
qualificada. A Antares podia chamar gente nova, isso a lei permite. Porém,
estamos buscando alternativas para que esses profissionais não saiam",
disse Coelho.
Em manifestação, cerca de 50 profissionais da imprensa foram
ao local, manifestaram indignação contra os problemas na emissora e anunciaram
a criação da União dos Jornalistas do Piauí (Unijor-PI).
Os jornalistas
questionaram jornadas exaustivas de trabalho no local e pagamento de salários
abaixo do piso da categoria.
O presidente da Antares disse também que a realização de um
concurso público representaria uma concorrência desleal com profissionais que
já trabalham há anos na emissora. “Eles concorreriam a vaga com gente com o conhecimento 'quentinho' e acabou de
sair das universidades. Queremos preservar quem está e tem acúmulo de
experiências".
A alternativa para manter os profissionais, segundo ele,
seria a contratação dos jornalistas por meio de uma Organização Social.
"Estamos na luta para preservar o emprego dessas pessoas. Pela OS não dá
para recontratar todos, por isso algumas pessoas teriam que sair, mas são
poucas e o impacto é pequeno", reitera.
Humberto Coelho acrescenta que articula com as secretarias
de Administração e Fazenda para dá um parecer sobre a situação. - Graciane Sousa
Edição: PpC
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