G1PI
O defensor público do Piauí Juliano Leonel, que acompanhou
toda a rebelião na Casa de Custódia nesta segunda-feira (16), afirmou que pelo
menos cinco presos ficaram feridos durante o motim e um ficou cego após levar
um tiro. “Dentre os feridos, dois ficaram na unidade prisional, já os outros
três precisaram ser levados ao HUT (Hospital de Urgência Teresina). Um desses
levou um tiro de bala de borracha no olho e perdeu a visão”, contou.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do
Brasil, seccional Piauí, também esteve no local acompanhando a rebelião que
teve início às 13h e só foi controlada por volta das 19h.
O subsecretário de Justiça do Piauí, Carlos Edilson Sousa,
afirmou que vários pavilhões ficaram bastante danificados e confirmou apenas
dois feridos. “Sabemos de dois feridos e ainda não se sabe o porquê desse
movimento”, disse.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Agentes
Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, nesse domingo (15)
houve uma tentativa de homicídio no Pavilhão F e a diretoria puniu os detentos
deste prédio suspendendo as visitas familiares que iriam ser realizadas nesta
segunda-feira (16). Esse seria o motivo da rebelião.
Entretanto, o subsecretário de Justiça contrariou essa
informação. “A rebelião começou pelo Pavilhão H e a tentativa de assassinato
foi no F, então não procede essa informação de que o motim teve início por
conta da suspensão das visitas”, contou Carlos Edilson.
A Casa de Custódia de Teresina foi palco de uma rebelião que
durou cerca de seis horas, nesta segunda-feira (16). Os detentos quebraram
celas, camas, grades, atearam fogo em colchões e lençóis. A situação foi
resolvida com a entrada de policiais militares do Ronda Ostensivas de Natureza
Especiais (Rone) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).