sábado, 21 de maio de 2016

Parnahyba se defende de ação no TJD: "Busca a lisura do campeonato"

O Parnahyba lançou nota em seu site oficial esclarecendo a postura do clube de entrar com ação no Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí (TJD-PI) pedindo a exclusão do River-PI do returno do Campeonato Piauiense. No texto escrito pelo assessor jurídico do clube azulino, Miguel Bezerra, o Tubarão se defende das críticas recebidas após protocolar a denúncia na esfera judicial, não descartando recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O advogado interpreta que é “imperioso” rotular a atitude do Parnahyba como “tentar ganhar no tapetão” e conclui que a "lei é dura, mas tem que ser cumprida".
Miguel Bezerra explica que buscar a esfera da justiça desportiva “é absolutamente legal”, sendo dever do Parnahyba “protestar, cobrar, acionar a Justiça, pedir a proteção dos Tribunais” para que o Campeonato Piauiense tenha lisura.
Presidente do Parnahyba com Miguel Bezerra, assessor jurídico do clube

- Não é justo que a maioria dos clubes participantes cumpram os regulamentos, obedeçam a legislação, que requer muitas vezes sacrifício ao clube, enquanto outros enveredem pelo meio mais fácil de não obedecerem as leis do campeonato e se beneficiem de forma ilegal, tirando vantagens sobre os demais. É injusto. A lei tem que ser cumprida por todos. Esse é o objetivo da legislação desportiva - defende Miguel Bezerra.
Segundo o advogado, o Parnahyba luta para que o campeonato não seja desmoralizado.
- Qualquer competição que leva o crivo e administração de uma instituição filiada a CBF, como é o caso da Federação Piauiense de Futebol, deve ser amparada, tutelada por regramentos que vão determinar como os clubes devem se portar. São regras de conduta que disciplinam toda a competição. Traduzem como os clubes devem agir dentro das competições, diante de várias situações - relata Bezerra.
O Parnahyba entrou com uma ação no TJD-PI denunciando o River-PI pela escalação do volante Rogério no segundo jogo da semifinal do returno do Campeonato Piauiense. Para o clube, o jogador estava suspenso após ter recebido três cartões amarelos. O clube também interpreta que o TJD-PI errou ao absolver o Altos por um caso semelhante, o do volante Paulo, ao interpretar de forma equivocada a contagem de cartões amarelos entre um turno e outro.

Confira a nota na íntegra do advogado do Parnahyba
ESCLARECENDO (DURA LEX, SED LEX) É imperioso dizer que não se trata de judicializar o campeonato, de tentar ganhar no tapetão, como muitos dizem por ai. Não..!! Trata-se de cumprir e exigir o cumprimento dos regulamentos que norteiam as competições. Qualquer competição que leva o crivo e administração de uma instituição filiada à CBF, como é o caso da Federação Piauiense de Futebol, deve ser amparada, tutelada por regramentos que vão determinar como os clubes devem se portar. São regras de conduta que disciplinam toda a competição. Traduzem como os clubes devem agir dentro das competições, diante de várias situações. As principais normas que os clubes são obrigados a seguir, a respeitar, a cumprir, são o Estatuto do Torcedor, o Regulamento Geral das Competições da CBF, o Código Brasileiro de Justiça Desportiva e os Regulamentos dos campeonatos. A eles todos os clubes devem respeito e obediência, sob pena de sanções previstas nessas leis e de desmoralização de qualquer campeonato. No caso, cabe, portanto, a Federação de Futebol do Piauí, bem como ao Tribunal de Justiça Desportiva em primeira instância, exigir o cumprimento dessas normas legais por parte dos clubes participantes e punir que as desobedece. O cumprimento das normas deve seguir de exemplo a todos os clubes e dirigentes. Não é justo que a maioria dos clubes participantes cumpram os regulamentos, obedeçam a legislação, que requer muitas vezes sacrifício ao clube, enquanto outros enveredem pelo meio mais fácil de não obedecerem as leis do campeonato e se beneficiem de forma ilegal, tirando vantagens sobre os demais. É injusto. A Lei tem que ser cumprida por todos. Esse é o objetivo da legislação desportiva. Portanto, a atitude do Parnahyba Sport Club em pedir a tutela jurisdicional da Justiça Desportiva do Estado e, posteriormente, no âmbito nacional é absolutamente legal e sustenta-se no fato de que o clube sempre cumpriu todos os regramentos legais de todos os campeonatos que participou e não pode acomodar-se e ser conivente diante de algumas práticas cometidas por outros clubes que vão de encontro a lei, que ferem de morte as normas estabelecidas pela Justiça Desportiva. É nosso dever protestar, cobrar, acionar a Justiça, pedir a proteção dos Tribunais para que sirva de exemplo, buscando o aperfeiçoamento e a lisura de cada campeonato, tornando-o mais competitivo e lucrativo a todos os clubes participantes. Afinal de contas a lei é dura, mas tem que ser cumprida.