ASCOM
Participantes do 27° Encontro de Entidades de Economistas do
Nordeste fizeram uma visita técnica à ZPE Parnaíba na manhã da última
sexta-feira (17), onde foram recepcionados pelo presidente da ZPE Parnaíba,
Paulo Cardoso, e diretores e membros da equipe técnica. A caravana era coordenada
por Milana Barros Barreto, delegada do Corecon-Pi, e teve também a presença de
Ademir Vilaça, representando a Superintendência para o Desenvolvimento do
Nordeste (Sudene), e Francisco José de Sousa, conselheiro do Corecon-Pi, que
considerou oportuna a visita técnica tendo em vista o caráter regional do
encontro e por ser a ZPE Parnaíba um dos principais projetos de desenvolvimento
da região.
Os participantes do encontro, presentes na visita técnica,
fizeram diversos questionamentos sobre o papel das ZPE brasileiras para o
desenvolvimento do país, especialmente a ZPE Parnaíba no contexto do Piauí e
sua região de influência. O presidente Paulo Cardoso explicou, entre outros
temas, que as ZPEs foram concebidas para impulsionar regiões pouco desenvolvidas
economicamente e não para competir em regiões de economia forte. Por esse
motivo, disse ele ao responder outra pergunta, não é estranho que a ZPE
Parnaíba chegue antes do Porto de Luís Correia. “A ZPE é que será um importante
indutor para a conclusão do porto”, disse.
A viabilidade da ZPE sem a existência, ainda, do Porto de
Luís foi outro questionamento respondido pelo presidente da ZPE e os diretores
presentes. Paulo Cardoso afirmou que o porto é um projeto de grande importância
para o Piauí, mas sua falta não impede a instalação e a viabilidade econômica
da ZPE Parnaíba. As principais razões são: as mercadorias a serem produzidas
nas indústrias da ZPE, como a cera de Carnaúba, tem alto valor agregado o que
torna viável o custo com transportes para o Porto do Pecém, em Fortaleza; e o
fato de que as indústrias gozarão de suspensão tributária, o que significa
subsídio à atividade industrial. “Esses produtos terão pequeno volume, mas com
alto valor agregado”, prosseguiu.
Para reforçar a viabilidade, Paulo Cardoso comparou a
produção da ZPE Parnaíba com os produtos do cerrado piauiense, como a soja que
por serem commodities precisam de grandes volumes transportáveis apenas em
carretas e trens, para poderem representar alto valor em moeda. No caso da ZPE o
forte é a industrialização, especialmente a transformação de matérias primas
regionais em produtos finais que vão de cera de carnaúba a componentes
tecnológicos, no futuro.
Após o momento de perguntas e respostas, os participantes do
encontro regional de economia foram convidados a fazer uma rápida visita de
campo à ZPE
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