segunda-feira, 20 de junho de 2016

Polícia Civil inicia paralisação nesta segunda e suspende investigações

Com informações do cidadeverde.com                                                     
A Polícia Civil do Piauí inicia nesta segunda-feira (20) uma paralisação de 72 horas. A categoria alega o descumprimento do acordo feito com o governo do Estado no ano passado em vários pontos, dentre eles o reajuste salarial no triênio 2016 a 2018. Por conta da paralisação, crimes como ameaça, injúria, calúnia, tráfico de drogas e lesão corporal não serão investigados. A Central de Flagrantes de Teresina será um dos locais mais atingidos com o movimento.
"Na Central vai funcionar apenas para aqueles flagrantes de roubo, homicídio, latrocínio, furto e crimes contra idosos, criança e adolescentes. Outros crimes não serão aceitos e nem a parte das investigações e oitivas", afirma Constantino Junior, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí.
Constantino Junior, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí
Nas delegacias, segundo Constantino Junior, Boletins de Ocorrências poderão ser feitos. " Nas delegacias poderá ser feito o registro do BO, mas não se dará início a investigação", explica.
Os policiais querem ainda do governo, a proposta de normatização, em lei, das gratificações no âmbito da Polícia Civil e o tratamento isonômico aos cargos da polícia técnico-científica e, ainda, a discussão sobre a relação entre o maior e o menor salário da carreira da Polícia Civil, como o de delegado.
"Queremos que o governo assuma o compromisso que assinaram conosco no dissídio coletivo no ano passado. Se atender ao pleito apenas dos delegados vamos ter uma guerra dentro da polícia", afirma Constantino.
Caso não haja negociação no decorrer da paralisação, a categoria não descarta uma greve por tempo indeterminado. "Se não tiver diálogo, vamos fazer uma assembleia e decidir ou não por uma greve por tempo indeterminado. Isso é um problema no país todo. Não somos contra o delegado ter um bom salário, mas queremos isonomia", concluiu.
A paralisação foi decidida em assembleia no dia 14 de junho.
No sábado, a Secretaria de Administração informou que, por conta de o Estado ter atingindo o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), novos reajustes salariais não poderiam ser concedidos. No entanto, ressaltou que o diálogo com as categorias está aberto.


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