Editado por ParnaibapontoCom |
O Ministério do Trabalho identificou 764 pedidos de
seguro-desemprego fraudados no Piauí, provocando o bloqueio de R$ 4.279.379 até
a última segunda-feira(10). A situação foi constatada através do novo sistema
de combate a fraudes, implantado pelo Governo Federal desde dezembro do ano
passado.
O Piauí está em 8º lugar no ranking dos estados que possuem
maior quantidade de seguros-desemprego fraudados. São Paulo, que concentra a
maior população do país, lidera o ranking, com 5.257 pedidos, seguido do
Maranhão, com 3.733 casos.
As fraudes comprovadas são comunicadas à Polícia Federal.
Quem tiver o seguro-desemprego bloqueado será comunicado e deverá procurar o
Ministério do Trabalho, pois existem casos em que o próprio trabalhador não
sabe que seus dados foram utilizados por fraudadores.
Sistema
A base para o rastreamento do Ministério do Trabalho é o CPF
do trabalhador, o que também ajuda a reduzir problemas de duplicidade de
matrícula no Programa de Inclusão Social (PIS). A ferramenta faz a integração
com todas as bases de dados do Ministério do Trabalho, Receita Federal, Caixa
Econômica Federal, entre outras.
De acordo com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o
sistema permite acompanhar todo o processo entre o pedido do benefício e o
pagamento feito pela Caixa. A plataforma vai permitir uma economia estimada em
até R$ 1,25 bilhão aos cofres públicos em 2017. O investimento no sistema
antifraude foi de R$ 72 milhões.
A nova ferramenta também vai permitir que, a partir de 2018,
o trabalhador demitido sem justa causa tenha acesso ao seguro-desemprego sem
precisar comparecer às agências do Ministério do Trabalho. O empregador
informará a demissão por meio do Caged, que passará a ser diário. A partir daí,
a ferramenta analisará se esse empregado preenche os requisitos do
seguro-desemprego. Em caso positivo, o trabalhador receberá informações via
SMS, email e telefone sobre o andamento do processo de acesso ao benefício, até
o momento do saque.
A plataforma faz o cruzamento das informações, construindo
“trilhas” para a análise de amostras dos requerimentos de seguro-desemprego.
Neste momento, está em operação apenas uma “trilha” de rastreamento, mas até
julho deste ano, estarão implantadas mais de 30, que permitirão verificar um
maior número de fraudes.
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