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O Piauí continua sendo o pior do país no ranking do trabalho
infantil, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad),
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, referente ao ano de 2015.
No Estado, o índice de crianças e adolescentes com idades de 5 a 17 anos
trabalhando é de 9,9% e a principal atividade é a agrícola.
Para o procurador do trabalho do Ceará, Antônio Lima que ministra
em Teresina um debate sobre políticas públicas, aprendizagem e educação
voltadas para crianças e adolescentes- o Piauí tem avançado no combate ao
trabalho infantil, mas o déficit histórico é muito grande. Ele acrescenta ainda
que a redução do trabalho infantil no Nordeste tem sido maior que a média
nacional nos últimos anos.
"O Piauí apresenta o maior índice de trabalho infantil,
mas já teve redução de 34% na última pesquisa. Houve redução significativa, mas
ainda é o pior índice", destaca. No Nordeste, em geral, uma das principais
atividades é a doméstica, proibida para menores de 18 anos.
Em Teresina, o representante do Ministério Público pretende
compartilhar experiências na área, bem como conhecer a realidade das entidades
que trabalham com crianças e adolescentes e fortalecer a rede de proteção
formada pelo Consellho Tutelar, Educação, Creas e Conselhos de Direito.
"O Ministério Público do Trabalho quer conhecer a
realidade de cada entidade, quais as maiores dificuldades para desempenhar o
trabalho e de que maneira o trabalho infantil está sendo prevenido e combatido.
Temos o projeto 'Resgate a Infância' que trabalha as políticas públicas para o
trabalho infantil em três eixos: educação, profissionalização e políticas públicas",
disse Antônio Lima.
Os dados do Pnad referente ao ano de 2016 serão divulgados
em novembro deste ano. Graciane Sousa | CV
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