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Ficou mais caro se alimentar no mês de março, em Teresina.
De acordo com o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), o custo da cesta básica teve uma variação de
3,90% em relação a fevereiro, representando o maior aumento entre as 27 cidades
pesquisadas.
O valor dos alimentos básicos para uma família foi de R$ 391,15.
Em 12 meses, a variação foi de 1,39% e nos três primeiros meses de 2017, de
3,22%. O tomate foi o que registrou maior aumento, de 32,54%, seguido pela
banana (9,54%), a manteiga (2,52%), a farinha de mandioca (1,29%), o café em pó
(0,95%) e pela carne bovina de primeira (0,09%).
Os demais produtos tiveram retração no preço médio: feijão
carioca (-11,82%), açúcar cristal (-1,92%), arroz branco agulhinha (-1,50%),
leite integral (-1,13%), óleo de soja (-0,89%) e pão francês (-0,21%).
O trabalhador teresinense cuja remuneração equivale ao
salário mínimo necessitou cumprir jornada de trabalho, em março, de 91 horas e
50 minutos somente para comer. O tempo necessário foi maior que em fevereiro,
de 88 horas e 23 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo
líquido, ou seja, após os descontos previdenciários, verifica-se que o
trabalhador teresinense, remunerado pelo piso nacional, comprometeu, em março
de 2017, 45,37% dos vencimentos com a cesta básica. Em fevereiro, o percentual
exigido era de 43,67%. Já em março de 2016, o comprometimento foi de 47,65% do
salário mínimo líquido.
Com base na cesta mais cara, que, em março, foi a de Porto
Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece
que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um
trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação,
vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima
mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Na situação atual, a renda
mínima de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.673,09, ou
3,92 vezes o mínimo de R$ 937,00. Naiara Felizardo | O Dia
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