quinta-feira, 9 de maio de 2019

Estudantes da UESPI Parnaíba fazem protesto pela expulsão de aluno que praticou feminicidio na Universidade

Edição Parnaíbapontocom
Estudantes da UESPI Parnaíba vão às ruas pedir a expulsão de Gleison Rodrigues, suspeito de tentar matar uma colega de turma dentro do campus. O crime aconteceu em 03 de maio, após uma aula do curso de História.
Várias entidades estudantis se reuniram para a campanha, que acontecerá 14 de maio. Eles pedem justiça à jovem e vão pressionar a UESPI a expulsar o aluno da instituição. Há dois dias, a universidade anunciou que abriu um processo disciplinar contra Gleison, podendo expulsá-lo do campus após avaliação. Os alunos, porém, querem celeridade no caso, já que o processo pode durar 1 ano.
O grupo planeja um ato pacífico, no qual todos vestidos de preto, vão manifestar nas ruas de Parnaíba, desde a UESPI até à UFPI, a partir das 17h30.
A Justiça decretou a prisão preventiva de Gleison Rodrigues dos Santos, 22 anos, suspeito de agredir a colega de turma na UESPI de Parnaíba. O estudante foi autuado por ameaça, sequestro e cárcere privado, além de dano grave e violência contra a mulher.
A jovem contou os momentos de terror que viveu. Ela também revelou não conseguir dormir à noite e tem medo que ele volte para atacá-la, já que o suspeito sabe onde ela mora.
Antes do crime, Gleison não demonstrou ser uma pessoa violenta, mas tinha muito ciúmes da jovem. A vítima contou que ele iria matá-la um dia antes, na quinta-feira (02/05), mas ela tinha faltado.
“Ele me disse que era para ter acontecido na quinta e não na sexta, porque eu faltei. Tinha ido ao cinema com minha tia”, disse a vítima.
Nas palavras dele, a estudante era a única amiga que tinha na universidade. Gleison também não conversava muito com os colegas de turma, não trabalhava e só saía, raramente, com os amigos de igreja. Ao que T.A sabe, o jovem morava com a mãe, o padastro e a irmã. Natural de Luís Correia.
“A gente começou a se conhecer no semestre passado. Estávamos no 3° bloco. Ele me pediu em namoro e vinha na minha casa sem eu autorizar. Minha mãe não conhecia a família dele, então ela não deixou. A gente era amigo, mas vi que ele tinha muito ciúme de mim com meus amigos de sala. Ele só queria que eu conversasse com ele”, revelou. 
A estudante relatou que chegou atrasada para os dois horários do curso de história. A aula foi breve e apresentava a disciplina do curso. Ao fim dela, T.A e os amigos desceram para o térreo, quando foi abordada pelo suspeito que a levou para uma sala vazia.
O amigo tirou uma faca da mochila e começou a agredi-la. Para se defender, ela tentou se proteger dos golpes e gritou por socorro, chamando a atenção de outros estudantes que estavam na sala ao lado.
“Depois do soco, eu perguntei o que estava acontecendo. Ele me derrubou no chão, pegou minha bolsa, meu celular, quebrou ele todo. Derrubou a mesa com violência e jogou na porta, colocou as cadeiras, para que ninguém entrasse. Ele tirou a faca da bolsa e veio para cima de mim, pedi para ele parar, gritei por socorro. Mas, a faca [de cozinha] não estava tão amolada por isso ficou uns arranhões. Ele teve que fazer isso várias vezes, daí o corte mais profundo”, disse. Informações OitoMeia

Foto, Tacyane Machado/Extra Parnaíba 



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